Califórnia e Nova York criam mercado de emissões de carbono
2006-10-17
Os governadores dos Estados de Califórnia e de Nova York anunciaram ontem (16/10) uma parceira para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, permitindo que geradoras de eletricidade nos dois Estados e pelo nordeste dos EUA comercializem créditos de poluição. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, disse que assinará hoje (17/10) uma ordem executiva criando o programa que permitirá que seu Estado coopere com a Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa do Nordeste.
A meta da iniciativa é reduzir as emissões de dióxido de carbono em usinas de energia, a partir de 2009. Nesse programa, as geradoras de eletricidade dos Estados participantes receberão créditos de carbono, correspondentes á poluição que podem gerar. As que excederem os créditos terão de comprar mais, e as que ficarem abaixo do limite poderão vender o excedente.
A parceria é o primeiro passo para criar um sistema que ajude as maiores indústrias da Califórnia a atingir as metas impostas por uma legislação ambiental rigorosa. Uma lei estadual de combate ao efeito estufa cobra um corte de emissões da ordem de 25% até 2020. O governador de Nova York, George Pataki, declarou que "um sistema de limites e comércio baseado no mercado" beneficiará tanto o ambiente quanto a economia.
A ordem executiva é a mais recente medida de Schwarzenegger para enfrentar o aquecimento global - questão que freqüentemente põe o governador, que é do mesmo partido que o presidente George W. Bush, em conflito com a administração federal. Em 2001, Bush retirou os EUA do Protocolo de Kyoto, um acordo internacional para conter a emissão de dióxido de carbono.
(AP, 16/10/2006)
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