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2006-10-16
Os três Estados da Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - sofreram com a falta de chuva. Segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, até outubro, na região, existiu um desvio negativo de chuvas de 50 milímetros, o que fez do período, principalmente o mês de julho um dos mais secos dos últimos 45 anos.

As cataratas de Foz de Iguaçu, no Estado do Paraná, são conhecidas pela sua magnitude e são um dos principais cartões postais brasileiro. No entanto, a estiagem mudou seu cenário. As quedas sofreram a segunda maior seca de sua história. Algumas secaram, deixando evidente a riqueza visual de suas paredes rochosas, que, no total formam um conjunto de 275 saltos. O Paraná tem a pior estiagem desde 1930. Para a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do governo estadual, a pior situação é a do rio Iguaçu, o principal do estado. As cataratas estavam com 18% de seu volume médio de água, o que corresponde a 293 metros cúbicos. Em períodos normais, a vazão é de 1.551,95 metros cúbicos médios.

Esta situação é sentida pelo setor de turismo, que representa 70% da economia local. Eliane Motta, chefe da Divisão de Planejamento de Turismo do município, declarou que os dados de perdas pela estiagem ainda não foram quantificados, mas o Conselho Municipal de Turismo já está fazendo o levantamento. Ela afirmou que as empresas de serviços ligadas ao turismo começam a expressar preocupação. A expectativa de Elaine é que a situação volte à normalidade até novembro.

Vera Espindola, agente de turismo local há dez anos, conta: “Agora choveu um pouco e melhorou a situação, está dando para fazer até os passeios de barco, o que há 15 dias atrás não era possível”. Muitos turistas, segundo ela, dizem: “Se eu soubesse, não teria vindo”. Já outros ligam para suas cidades, convidando parentes e amigos: “Vocês têm que vir antes que chova, para ver as rochas. É impressionante.” Vera complementa: “O movimento está feio e a crise da Varig só piorou. Dizem que agora vai normalizar. Mas a previsão é que setembro ainda será difícil”.

No Rio Grande do Sul, 103 municípios decretaram situação de emergência pela falta de chuvas. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado – FETAG estima perdas de 35% no setor, principalmente no cultivo de milho e feijão. Para Sérgio Miranda, vice-presidente da FETAG, “as perdas da safra passada foram expressivas na produção do leite, de soja, de milho, de fumo e de uva. Elas não foram generalizadas, parte do Estado teve problemas com a estiagem e outra não. A região da Campanha, na Metade Sul, apresentou problemas nas diferentes culturas, foi a região mais atingida, com graves problemas no cultivo do milho.

No município Canguçu, por exemplo, de 30 a 40 por cento da área que seria plantada com milho não chegou nem ser semeada por falta umidade, e dos que plantaram, boa parte não colheu nada”. Segundo ele, o Vale do Rio Pardo sofreu perdas no fumo e, no Alto Uruguai os danos foram nas lavouras de soja e milho. Até este mês, outubro, a Região Sul continua seca. Nas demais regiões do Estado, as chuvas já foram normalizadas, mas isto não ameniza as perdas. “Os prejuízos são irreversíveis. São como as águas do rio: elas passam e não voltam mais.”

Bagé, na região da Campanha, adotou racionamento de água. Segundo dados da Defesa Civil do governo estadual, o município sofre desde dezembro de 2005 com a restrição de abastecimento que atinge uma população de 35 mil habitantes na zona urbana. Segundo a assessoria de imprensa do DAEB (Departamento de Águas e Esgotos de Bagé), a cidade está dividida em zonas e o período de racionamento, dependendo da área urbana, pode chegar a 18 horas. Estabeleceu-se um sistema de rodízios, levando em considerações as especificidades de região. Rubens Carlos Santana Dias, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagé, conta que no local onde vive – o bairro Getúlio Vargas -, o abastecimento de água está restrito ao horário das 12 horas às 18 horas.

O Estado de Santa Catarina, segundo dados da Secretaria Nacional da Defesa Civil, enfrenta uma situação ainda pior que o Rio Grande do Sul quando à extensão da estiagem, pois 195 de seus municípios estão em situação de calamidade por falta de chuvas.
(Por Inês Arigoni, Especial para o Ambiente JÁ, 11/10/2006)

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