Encontro discute a situação do rio Gravataí
2006-10-16
O rio Gravataí, que abastece municípios da região Metropolitana, está sendo monitorado em função da turbidez
da água, mas não se acredita que um desastre ambiental semelhante ao ocorrido no Rio do Sinos possa ocorrer.
"As reuniões são constantes. O rio é muito controlado", afirmou o superintendente da região Metropolitana da
Corsan, Rogério Bandeira. Hoje (16/10), haverá reunião para resolver questões relacionadas ao elevado índice
de turbidez em alguns pontos. "A turbidez normal é de 40 a 80, chegou a picos de mil e agora está em 400",
explicou.
O escurecimento é causado especialmente pela água utilizada no plantio de arroz pré-germinado e vem
preocupando ambientalistas. O superintendente informou que isso dificulta o tratamento da água, podendo haver
necessidade de reduzir a captação. De acordo com ele, a quantidade de produtos químicos foi aumentada para
possibilitar o tratamento.
A situação é grave e exige medidas fortes e urgentes, alertou o diretor-presidente da Fundação Municipal do
Meio Ambiente de Gravataí, Paulo Müller. O ambientalista defende a interrupção imediata do despejo da água
usada no plantio de arroz pré-germinado no rio sem tratamento.
Uma vistoria para analisar a situação e subsidiar a reunião foi realizada na quinta-feira. No encontro, na
fundação, devem participar representantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Gravataí, Corsan,
Secretaria Estadual da Agricultura, Incra, Irga, Fepam e secretarias municipais da região.
(Correio do Povo, 16/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp