Ações tentam conter mexilhão dourado
2006-10-16
Em atendimento a decisão judicial, o Ibama e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente deflagraram medidas para controlar o
mexilhão dourado. A principal será a capacitação de multiplicadores, para que conheçam o molusco e saibam como chegou ao Rio
Grande do Sul e em que áreas está instalado. Também serão montadas barreiras educativas e de fiscalização buscando alertar
proprietários de barco ou quem estiver com peixes vivos para que não transporte o mexilhão ou suas larvas de um local para
outro. Como suporte às ações, será divulgado material para a população.
Fábio Faraco, analista ambiental do Núcleo de Fauna do Ibama/RS, destaca que a instalação do molusco exótico em águas
gaúchas não é culpa dos órgãos ambientais, mas da globalização. "As pessoas querem geladeira, carro. A navegação resultou
na vinda do mexilhão", diz.
O molusco é originário da Ásia e veio com a água de lastro dos navios. Inicialmente, instalou-se no Rio da Prata, em Buenos
Aires, de onde as larvas foram trazidas e acabaram no Guaíba. O primeiro registro do molusco no Estado data de 1998. Entre
os danos que pode causar está o entupimento de equipamentos de captação de água, como bombas e canos. Faraco recomenda aos
proprietários de barcos que limpem seguidamente, com água sanitária, o casco, sempre longe da orla e das bocas-de-lobo.
(Correio do Povo, 15/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp