Arroio Dilúvio recebe esgoto cloacal
2006-10-16
Estima-se que em torno de 15% das ligações de esgoto que conduzem ao Arroio Dilúvio, na Capital, não estejam instaladas
corretamente. O dado é do Departamento de Água e Esgotos de Porto Alegre (Dmae), que vistoriou, desde 2005, cerca de 11 mil
ligações, de um total de 43 mil. Nas vistoriadas, 11% estavam irregulares. Mas o diretor da Divisão de Esgotos do Dmae,
Paulo Kessler, estima que o percentual seja maior na periferia da cidade. O esgoto cloacal só pode ser ligado à rede pluvial
depois de passar por tratamento. A fiscalização deverá ser concluída em 2012.
A PUCRS deverá dar início, no próximo semestre, a pesquisas relacionadas ao Arroio Dilúvio. Conforme o coordenador acadêmico
da Faculdade de Engenharia e integrante do Instituto do Meio Ambiente, Claudio Luis Frankenberg, a instituição busca
enquadrar os projetos de pesquisa em editais já publicados para acessar recursos. As prioridades deverão ser pesquisas
voltadas à qualidade da água, à arquitetura das pontes históricas e aos moradores das margens do arroio. Entre as ações em
andamento na PUCRS está o Núcleo de Estudos do Arroio Dilúvio, que reúne, uma vez por mês, professores, alunos e
comunidade.
A instituição também apura informações sobre o arroio, no trecho entre as ruas Cristiano Fischer e Salvador França. Segundo
Frankenberg, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente havia feito o levantamento nas proximidades da Antônio de Carvalho,
mas era preciso dar continuidade ao trabalho. "Os trechos têm características muito específicas", disse. O trabalho envolve
alunos de Geografia, Biologia e Arquitetura. O Arroio Dilúvio recebe, anualmente, cerca de 50 mil metros cúbicos de terra e
lixo.
(Correio do Povo, 14/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp