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2006-10-16
Na manha desta sexta-feira (13/10) especialistas abordaram temas prioritários a partir de suas trajetórias profissionais e de vida para enriquecer as reflexões provocadas pelo evento "Dialogos de Ecologia e Budismo" no Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB).

Participaram da mesa redonda a professora Monique Dinato, de administração da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC),o psiquiatra José Ovídio C. Waldemar, a economista Clitia Helena Martins da Fundação de Economia e Estatística e professora da PUC e o engenheiro agrônomo José Fernando da Rosa Vargas, coordenador da seção de educação ambiental do Jardim Botânico de Porto Alegre, sob a mediação de Jorge Dellamora Mello.

Monique Dinato frisou que os modelos de produção e consumo são insustentáveis e equivocados, justamente porque os recursos naturais são tidos como infinitos. Destacou que a visão instrumental da natureza e a sua dessacralização, bem como a valorização monetária dos recursos naturais nos separaram da natureza. Para ela a evolução da técnica não foi acompanhada pela evolução da ética, o que nos levou a uma crise de valores morais. "Precisamos urgente de um resgate da ética", destacou a professora. Conforme Monique a obsolescência programada é a marca da sociedade de consumo, na qual o consumidor quer a máxima satisfação. Lembrando que consumir significa destruir e que nesse contexto o mercado assume o lugar de instituições como a família e a escola no papel socializador, adverte que a reversão do processo passa pelo resgate da ética e da espiritualidade e da religação da emoção com a razão.

O psiquiatra José Ovídio Waldemar, fazendo analogia entre ciência e budismo, perguntou: "Onde está nossa célula tronco emocional? Esclareceu que todos nós temos um Buda (um ser iluminado) dentro de nós e que só precisamos de um ambiente favorável para ele se manifestar". Durante a sua palestra aplicou um exercício de meditação aos ouvintes, explicando que a prática é um instrumento de auto- acolhimento que possibilita a harmonia interior.

Conforme a economista e professora Clitia Helena Martins, o pacifista indiano Mahatma Gandhi é uma referência em economia ecológica, pois na década de 1920, já falava em desenvolvimento auto-sustentável na Índia. "É uma visão retomada por outros teóricos do ecodesenvolvimento em que, cada país, cada povo possa se desenvolver com seus próprios recursos". Clitia disse a Economia Ecológica reforça a idéia de que é preciso cuidar do capital natural, que está se tornando escasso, sinalizando que há limites para o crescimento. Lembrando que a economia budista ensina a ganhar a vida sem causar sofrimento a todas as outras formas de vida, Clitia afirmou que é necessário pensar na nossa responsabilidade sobre a produção e o consumo.

O último palestrante, engenheiro- agrônomo José Fernando indagou sobre a origem desse mal estar que gera tanta depressão na nossa civilização. Para ele a depressão e o mal-estar vigente na sociedade podem ser provocados pela dor da destruição de cada ser, pois "num planeta em que tudo é interligado, sentimos em cada célula de nosso corpo a dor da destruição de cada ser, como uma árvore na Floresta Amazônica, por exemplo. Para esse mal usamos anestésicos como o consumo". Mas o que fazer? José Fernando acredita que pequenas mudanças praticadas por um número muito grande de pessoas fazem a diferença. Recomendou uma série de medidas como a busca por alimentos ecológicos, o plantio de árvores nativas, a diminuição do uso de automóveis, a economia de eletricidade, entre outras, que em seu conjunto levarão o homem à reconexão com a natureza.

Os "Diálogos de Ecologia e Budismo" têm continuidade neste sábado, a partir das 9h, com mesa redonda que abordará a ação conjunta, tendo como participantes Jorge Dellamora Mello, Cristiano Machado Silveira, Kathia Vasconcellos, o Lama Padma Samten e José Ricardo Buscke de Oliveira, como mediador. À tarde serão realizados os trabalhos de discussão em grupo dos temas abordados.
(Texto da estudante de jornalismo da UFRGS Samantha Klein, especial para a EcoAgência, 13/10/2006)
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?option=content&task=view&id=1888&Itemid=2

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