DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO: COMO ELA AFETA OS BRASILEIROS
2001-10-16
Balneários no litoral do Rio Grande do Sul, como Albatroz ou Oásis, cuja população provavelmente não ultrapassa 50 mil habitantes em baixa temporada, teriam todo esse número de pessoas afetadas por novos casos de câncer de pele se elas, juntas, fossem as protagonistas no número de novos casos desse mal que anualmente se registram no Brasil. Isto mesmo: a cada ano, 55 mil novas incidências de câncer de pele são registradas pelas autoridades brasileiras, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. De outubro a março, principalmente, se podem ver corpos deitados preguiçosamente nas areias desses e de milhares de outros balneários na imensa costa litorânea brasileira. Eles mal sabem a ameaça que vem da destruição da camada de ozônio. - Estamos frente ao maior perigo que a humanidade jamais confrontou, alertou, há cinco anos, o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Mostafa Tolba, referindo-se a dados de então (que só pioraram em termos de situação geral) sobre a destruição da camada de ozônio e dos danos letais que isso representa para todos os seres humanos. O ozônio, uma substância formada pela combinação de três átomos de oxigênio (O3), é essencial na alta atmosfera, em altitudes acima de 20 mil quilômetros em relação ao nível do mar. Ele protege pessoas, animais, e todos os tipos de espécies vivas de um tipo muito especial de radiação, de ondas muito curtas, que são os raios ultravioleta. A superincidência desses raios sobre as pessoas, que pode ser bloqueada pelo ozônio, causa câncer de pele e danos aos olhos, além de diminuir a resistência imunológica. Corpos superexpostos ao sol, especialmente sem cremes protetores, são alvos bem prováveis de câncer. O problema se tornou uma questão epidêmica.