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2006-10-13
Uma manifestação de ONGs contra as plantações de eucalipto e as árvores geneticamente modificadas, em solidariedade especialmente aos índios Tupinikim e Guarani e as comunidades quilombolas e camponesas do Estado, foi destaque nos EUA nesta quarta-feira (11/10). As entidades Earth First e da Rising Tide Northern América desenrolaram uma faixa em pleno mar, com os dizeres: "Plantações de eucalipto não são florestas".

A frase escrita em português representa o protesto das ONGs, realizado em um passeio de barco durante a Conferência da União Internacional de Organizações para Pesquisa Florestal (IUFRO), em Charleston, após divulgação internacional de um estudo com duras críticas à monocultura do eucalipto.

Segundo o estudo, divulgado pelo Projeto de Justiça Global (Global Justice Project), PARA Árvores GM (Stop GM Trees), Aliança Dogwood e Forest Ethics em um Fórum Público e coletiva à imprensa internacional, nas últimas décadas, as empresas de papel desmataram rapidamente as florestas nativas no sul dos EUA.

As entidades afirmam que o movimento foi um ato de solidariedade não só às comunidades indígenas e quilombolas do Espírito Santo que sofrem com o problema, mas também às comunidades camponesas e ao Movimento dos Sem Terra (MST) de todo o Brasil, e aos Países do Sul, como o Chile, que também possui uma comunidade indígena conhecida como Mapuche, que sofre com a presença do eucalipto na região.

O estudo aponta que o processo de monocultura de árvores geneticamente modificadas gera problemas que vão além de cicatrizes na paisagem. Aponta perigos à saúde e ao bem estar das comunidades rurais, além de destruição da biodiversidade como algumas das conseqüências. Na América do Sul, diz o estudo, a conversão das florestas ameaçadas de extinção está destruindo rapidamente a biodiversidade e despejando as comunidades indígenas e rurais.

"Introduzir árvores geneticamente modificadas (GM) nas plantações de monocultura vai inevitavelmente e de forma irreversível destruir a biodiversidade, contaminar a água e o solo, piorar o aquecimento global, e causar impactos sociais e culturais e ameaçar a saúde das comunidades rurais - indígenas e não-indígenas", aponta a pesquisa.

As afirmações são confirmadas em outro relatório divulgado nesta segunda-feira (9), por uma aliança de entidades ambientais, que ressaltaram que as estas árvores estão sendo cultivadas experimentalmente nos EUA, no Brasil e no Chile, e que podem debilitar a saúde das florestas nativas e ameaçar as comunidades das florestas.

O relatório detalha ainda as ameaças às florestas nativas através das práticas nocivas das plantações industriais. E descreve a crescente resistência em todo o mundo às plantações de eucalipto, relatando seus prejuízos ambientais e sociais.

O relatório foi apresentado na Conferência da IUFR, que tem como tema central a "Gestão Florestal Sustentável com Plantações de Rápido Crescimento", patrocinada pela ArborGem, líder mundial em pesquisas de desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas.

"Da mesma forma como Aracruz Celulose tem destruído florestas nativas e tomado terras indígenas para suas plantações de eucalipto, não-nativo, a ArborGen planeja desenvolver plantações de eucalipto geneticamente modificado", afirmou Anne Peterman, co-director do Projeto de Justiça Global Ecológica. Para ela, as árvores geneticamente modificadas pioram os problemas já muito graves que as plantações de eucalipto causam no Brasil.

Durante a manifestação dos ativistas, foi destacado a luta no Brasil contra as plantações de monocultura do eucalipto promovidas pela Aracruz Celulose, realizada pelos povos indígenas Tupinikim e Guarani do Estado, MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e comunidades quilombolas.
(Por Flávia Bernardes, Século Diário - ES, 11/10/2006)
http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2006/outubro/11/noticiario/meio_ambiente/11_10_07.asp

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