Dmae reforça análise da água em Porto Alegre
2006-10-13
A fiscalização sobre a qualidade da água consumida em Porto Alegre será intensificada nos
próximos meses. A preocupação do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) é minimizar
os efeitos de uma possível presença de algas no Guaíba, fenômeno que vem se repetindo nos
últimos anos e que causou forte odor e alteração na coloração. De acordo com o diretor da
Divisão de Tratamento de Água do Dmae, Renato Rossi, estão em vigor ações preventivas e
corretivas para evitar o problema. "No momento, após o período de chuvas e do inverno, esse
problema não ocorre, mas tudo depende das condições que estão os mananciais", explicou.
Rossi destacou que são coletadas na Capital, diariamente, cerca de 500 amostras de água em
diferentes pontos e etapas do processo - captação, tratamento e distribuição -, o que
corresponde a mais de 4 mil análises.
Um dos elementos da água que são averiguados pela fiscalização é o nitrato, que em altas
doses pode provocar doenças. Segundo o professor Antônio Benetti, do Instituto de Pesquisas
Hidráulicas da Ufrgs, para a água potável o limite máximo, estabelecido pela Organização
Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, é de 10 miligramas por litro. No caso da água
mineral, a quantidade máxima regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) é de 50 miligramas por litro. Rossi afirmou que os índices de nitrato presentes na
água distribuída na Capital estão de acordo com a legislação, de 0,3 miligramas por litro. O
diretor salientou que as avaliações sobre a qualidade da água podem ser obtidas no site do
Dmae (www.portoalegre.rs.gov.br/dmae).
(Correio do Povo, 12/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp