Setor privado do Banco Mundial compra créditos de redução de CO2 na Índia
2006-10-13
A Coorporação de Finança Internacional (IFC, da sigla em inglês), usará um fundo do governo holandês para comprar as reduções indianas, e o país, por outro lado, as usará para alcançar as metas do Protocolo de Kyoto. A iniciativa faz parte de um grande incentivo do Banco para impulsionar o mercado de carbono. “Eu dou boas vindas para o acordo, que abrirá a porta para que projetos de hidrelétricas entrem o mercado financeiro comercial de carbono e aumentem seus retornos no mercado de riscos”, afirma a diretora ambiental do IFC, Rachel Kyte.
A empresa DLHPPL - Dodson-Lindblom Hydro Power Ltda adquiriu e reformou as facilidades hidrelétricas de Bhandardara1, com capacidade de 12MW. Já a AHPL - Ascent Hydro Projects Ltda construiu e opera a Birsinghpur. As duas companhias planejam muitos outros projetos como parte de uma tentativa de expansão. Em curto prazo, a DLHPPL pretende comprar e reabilitar a Ghandardara 2, com capacidade de 34MW.
“Nós estamos muito animados com a venda de créditos de carbono com nossos projetos para a IFC, pois isso ajudará nossa companhia a financiar e implementar projetos ambientalmente corretos”, diz o presidente da DLHPPL e AHPL, V.V. Rajadhyaksha. Somado ao acordo de compra de créditos, a IFC aprovou em dezembro do ano passado um financiamento de US$ 17 milhões para os seis projetos hidrelétricos.
“Permitindo que estas companhias do sul da Ásia participem do mercado de crédito de carbono, assim como minimizando os riscos associados com a entrega de créditos de carbono, o IFC está ajudando a fornecer soluções inovadora e ambientalmente sustentáveis para o setor privado, tanto na Índia quanto por toda a região”, afirma o diretor pelo Sul da Ásia do IFC, Iyad Malas.
O IFC disse que no final de setembro já havia assinado acordos de compra de reduções de emissões com seis empresas: represas em rios no Brasil e Sri Lanka, uma operação de captura e queima de metano na Argentina, geração eólica, hidrelétricas e uma usina de açúcar na Índia. “Isto é incipiente, mas existe um grande interesse em seqüestro de carbono”, diz o especialista em energia do Instituto Brookings David Sandalow.
(CarbonoBrasil, 12/10/2006)
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