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2006-10-11
O Rio São Francisco comemorou 505 anos na semana passada. Manifestações, protestos e um acampamento marcaram os últimos dias. Os movimentos sociais aproveitam para expressar aos candidatos à Presidência da República seu repúdio ao projeto de transposição das águas do rio.

Com o tema "Em defesa do rio, povo na rua de novo", a mobilização quer pressionar o governo contra a transposição e chamar a atenção da opinião pública para a importância de fortalecer a luta popular por uma verdadeira revitalização da bacia.

Há um ano, em Cabrobó, Estado de Pernambuco, Dom frei Luiz Cappio fez greve de fome contra o projeto de transposição das águas do Velho Chico. O jejum, que durou 11 dias, abriu caminho para o diálogo e contribuiu para paralisar o projeto que estava a ponto de ser iniciado pelo governo federal. As obras permanecem suspensas por força de liminares judiciais. As liminares tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e foram obtidas pelos Ministérios Públicos de Sergipe e Bahia, atuando junto com organizações não-governamentais.

Mais de 500 pessoas dos Estados de Sergipe, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Minas Gerais participaram do acampamento, às margens do rio, em Cabrobó. Na programação, mesa redonda, discussão sobre a atual conjuntura do Rio São Francisco, plenária de socialização e oficinas.

Para o assessor técnico da Cáritas Regional CE, Alessandro Nunes, a transposição não vai trazer benefícios para o Semi-Árido e, por isso, a revitalização é necessária para manter o curso do rio e ajudar a população ribeirinha. "É preciso mexer na estrutura das cidades com tratamento de esgoto para que não corra mais para a margem do rio", afirma Alessandro.

Na região prevista para a construção dos dois canais de tomada de água e que deverá sofrer os maiores impactos - entre o submédio e o baixo - o embate foi acirrado. Houve paralisações, caminhadas e protestos entre Penedo (Alagoas) e Propriá (Sergipe), Brejo Grande (Sergipe), Piaçabuçu (Alagoas) e Petrolândia (Pernambuco). Organizações e movimentos sociais de Petrolina se juntaram a outros de Juazeiro (Bahia) em uma caminhada e ato simbólico nas margens do rio.

O projeto de transferência de águas, como é chamado pelo governo federal, está orçado em cerca US$ 6,5 bilhões, ou seja, mais de R$ 20 bilhões. Apenas com a elaboração do projeto, estudo de viabilidade técnica e análise ambiental já foram gastos R$ 70 milhões.

Conforme dados oficiais do Ministério da Integração Nacional, o projeto pretende levar água a 12 milhões de pessoas do Nordeste setentrional, ou quase toda a população da região. Isso através da perenização de rios em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, a partir de dois canais de tomada de águas: Leste, em Petrolândia (Pernambuco) e norte, em Cabrobó.

Entretanto, é denúncia dos movimentos sociais e consta no projeto que, pelo menos 70% das águas servirão para irrigação e apenas 4% para distribuição entre a população difusa. A obra continua embargada sob liminar que deve ser apreciada, ainda neste ano, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo assim, o Exército faz a demarcação e abertura de picadas na área do canal leste desde o ano passado. Além disso, já estão sendo oferecidas indenizações para famílias que deverão ser desapropriadas com a construção de cinco barragens para aumento do volume de água, que hoje é insuficiente para verter nos canais. A preocupação, nesse momento, dos movimentos sociais que são contra o projeto, é com o caráter político e de ganho de votos, que já vêm acontecendo desde o início da corrida eleitoral.
(Adital,11/10/2006)

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