Quem olha para o canal fétido que corta a Capital dificilmente imagina
que sua origem está em uma fonte de água cristalina em meio à mata.
Essa foi uma das surpresas reveladas a um grupo que acompanhou ontem
(10/10) o percurso do Arroio Dilúvio em visita orientada.
Realizado pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), o passeio
integrou as atividades da 13ª Semana Interamericana e da 6ª Semana
Estadual da Água. Os visitantes conheceram a pior face do arroio: a
foz, onde desemboca o lixo jogado ao longo dos seus 17,6 quilômetros.
Estima-se que sejam lançados 50 mil metros cúbicos de detritos ao
ano.
- Classifica-se a água de 1 a 4 conforme a poluição. O Dilúvio é tão
sujo que está fora dessa escala - disse a bióloga Cristina Bernardes.
Depois, o grupo foi ao Parque Saint Hilaire. Lá, em meio a rochas
cercadas pela mata, fica o olho de água de onde nasce o Dilúvio.
(
Zero Hora, 11/10/2006)