SANTA CATARINA CONTA COM PROGRAMA DE PLANTAS MEDICINAIS
2001-10-16
Depois de décadas de predomínio da medicina alopática e dos remédios sintéticos de laboratório, observa-se uma volta aos medicamentos fitoterápicos. Em Santa Catarina, um programa pioneiro na área de fitoterapia foi criado em Balneário Camboriú pelo prefeito Leonel Pavan e pelo secretário de Meio-Ambiente, Raimundo Malta, ainda em 1989, durante a primeira gestão de Pavan frente à prefeitura. Era o chamado Projeto Plantas Medicinais, com o objetivo de resgatar e valorizar a cultura popular. As plantas medicinais serviriam como alternativa de medicamentos, para distribuição gratuita à população de baixa renda. Devido aos altos custos dos medicamentos alopáticos, o projeto deu certo e não parou de crescer. A partir de 1997, farmacêuticos, pesquisadores e biólogos engrossaram a equipe. O nome do projeto mudou para Plantas que Curam. Hoje, são cultivadas 108 espécies de plantas medicinais no horto localizado no interior do Parque Ecológico do município. Foi montado, também, um moderno laboratório fitoterápico, onde são produzidas 72 variedades de chás, 20 de pomadas, 40 de tinturas, sabonetes, óleos medicinais, tônicos capilares à base de babosa, geléia para vermes, xarope para tosse e outros medicamentos naturais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80% da população do planeta utiliza plantas medicinais como remédios. (Pioneiro-15/10)