Consórcio deve assumir dragagem do rio Gravataí via contrato de gestão ambiental
2006-10-09
Até o final do ano, companhias lideradas pela Associação Brasileira de Terminais Portuários
(ABTP) vão propor ao governo do Estado que a iniciativa privada assuma a dragagem do rio
Gravataí. A idéia da ABTP de formar um consórcio para retirar os sedimentos do rio Gravataí já foi debatida com a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e com a Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam).
"A dragagem está atrasada há cerca de seis anos. Há um ano os terminais interromperam o repasse
de recursos ao Estado porque ele não iniciava a dragagem", diz o presidente da ABTP, Wilen
Manteli. A intenção é manter uma dragagem permanente no trecho entre a ponte da BR-116 e o
Guaíba.
O gasto para realizar a dragagem do rio Gravataí será de cerca de R$ 1,6 milhão. Segundo Manteli,
a iniciativa tem caráter inédito no País pois será feita através de contrato de gestão
ambiental com a Fepam e a SPH, sob a coordenação da seção regional da ABTP.
Estão instalados no rio Gravataí terminais próprios da Transpetro, Yara (antiga Adubos Trevo),
Bunge Fertilizantes, Merlin e Oleoplan. Conforme a ABTP, essas empresas movimentam durante o ano
mais cargas que todo o porto de Porto Alegre. A falta de dragagem implicou problemas
operacionais e prejuízos aos terminais do rio Gravataí, com alguns barcos podendo carregar
menos de 70% de sua capacidade para evitar o encalhe.
(Jornal do Comércio, 09/10/2006)
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