Centro de Porto Alegre luta contra excesso de resíduos sólidos espalhados pelas ruas
2006-10-09
A sujeira está longe de acabar no centro de Porto Alegre. Apesar dos esforços
dos 176 garis que atuam diariamente na área
central, há acúmulo de lixo em vários pontos, em maior escala nas ruas dos
Andradas, Marechal Floriano Peixoto, Doutor
Flores, Otávio Rocha, Siqueira Campos e Sete de Setembro. O quadro também é
crítico nas avenidas Borges de Medeiros, Salgado
Filho, Júlio de Castilhos e Mauá. No Largo Glênio Peres e nas praças XV de
Novembro, da Alfândega e Farroupilha, os resíduos
são avistados principalmente nos finais de tarde. Nesses locais, há inclusive
presença de ratazanas. "Realizamos a limpeza
várias vezes ao dia, mas as pessoas insistem em atirar lixo na via pública",
observou o diretor da Divisão de Limpeza e
Coleta do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Elson Farias.
Segundo ele, o problema é crucial e atinge
essencialmente o Centro devido ao movimento intenso de pedestres. "Nos
bairros, a sujeira é menor", comentou.
Na avaliação de Farias, a situação, que anda crítica, já foi pior.
"Antigamente, embalagens de alimentos e de refrigerante
eram lançadas pelas janelas dos veículos", recordou. Ele avalia as avenidas
Salgado Filho e Borges de Medeiros,
principalmente entre Andrades Neves e Jerônimo Coelho, como os pontos mais
críticos por conta dos pontos de ônibus. Não
bastasse o constante "limpa e suja", os garis ainda enfrentam dificuldades
para recolher os resíduos depositados na rua dos
Andradas, principalmente no calçadão. "Os camelôs obstruem a passagem e
somente quando se retiram é possível limpar",
afirmou. A varrição mecanizada só pode ser realizada na madrugada, quando não
há movimento.
(Correio do Povo, 08/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp