BRASIL SERÁ SEDE DE LANÇAMENTO DO 1º CARRO MOVIDO A AR COMPRIMIDO DO MUNDO
2001-10-16
O Brasil foi escolhido como base de lançamento do primeiro carro movido a ar comprimido do mundo, que acontecerá dia 26 de outubro em São Paulo. O carro movido a ar não é o mais ambicioso projeto da empresa francesa Motor Development International, MDI, com sede em Luxemburgo e representação em toda a América Latina (baseada em Barcelona), que procura sócios no Brasil. O presidente da empresa (e criador do carro movido com ar comprimido) Guy Nègre, estará presente ao lançamento e explica: - Contamos com licenças exclusivas para a instalação de fábricas em todo o território nacional, e também para numerosas concessões dos serviços técnicos, peças e a venda de energia. Tudo isso representa a criação de 3.500 novos empregos diretos em fábrica, sendo uma indústria rentável e de acordo com as novas tendências meio-ambientais. A MDI está desenvolvendo o motor do carro há mais de dez anos e protegeu o sistema com aproximadamente 30 patentes em mais de 130 países diferentes. A partir do dia 26 a MDI estará procurando sócios no Brasil para o licenciamento do sistema de fabricação dos carros em todo o território brasileiro. No país, o representante oficial da MDI é Emmanuel Guerreiro Ochsenreiter, que também estará presente ao evento de lançamento. O carro possui um motor com a capacidade de acelerar até 130 km/h, com uma autonomia de 300km com uma recarga dos cilindros. O custo do carro ficará em torno de R$ 18 mil aqui no Brasil. No entanto, a idéia de implantar veículos inovadores tem dois grandes oponentes, em qualquer país do mundo: a indústria de petróleo, que vive em grande parte dos combustíveis para carros - e as outras indústrias automobilísticas já estabelecidas. O carro tem quatro tanques que armazenam 90 metros cúbicos de ar comprimido a 300 bars. A expansão deste ar, introduzido em um recinto fechado, impulsiona o pistão que gera o movimento. Como não existe combustão, não há poluição. O ar que sai do escape é ar limpo a -15° C . A troca de óleo, segundo a empresa, ocorre somente a cada 50.000km rodados. E mais, além de não poluírem, também purificam o ar. Se a tecnologia continuar sendo aperfeiçoada, toda a indústria automobilística poderá enfrentar uma crise sem precedentes nas próximas duas décadas, ou antes. Pelo menos a atual indústria automobilística, já que uma outra indústria poderá substituí-la na construção e venda de automóveis urbanos leves.