Os moradores do Loteamento Santa Clara não devem mais sofrer, no próximo ano, com as
inundações causadas pelo arroio que passa pelo local. Este atravessa o perímetro urbano e
em
dias de muita chuva transborda causando prejuízos à comunidade. O Departamento de Florestas
e
Áreas Protegidas (Defap) autorizou a Secretaria do Meio Ambiente a seguir com o projeto
iniciado ano passado, que prevê o corte de madeira nativa e a retificação do leito. "A
licença
é a etapa que faltava. Fizemos um estudo detalhado para avaliarmos as melhores condições
para
se fazer a obra. Com a mudança, a incidência de alagamentos próximo às residências deverá
reduzir consideravelmente", destaca o titular da pasta, Marcelo Heisler.
O córrego, que não tem denominação, desemboca no Arroio Saraquá e tem uma extensão total de
894,34 metros. O trabalho será executado em três pontos distintos numa extensão total de
105,58 metros. Nos 784,77 metros restantes, será alargado em um metro, totalizando uma área
de
manejo de 2,11 hectares.
Para retirada da mata nativa serão observadas algumas características, como altura e
diâmetro
das árvores e resgate da fauna existente (se for necessário), entre outros. Existem cerca
de
771 árvores exóticas, sendo o restante mata nativa. Também as bromélias e orquídeas devem
ser
realocadas em árvores nas proximidades, enquanto os exemplares considerados imunes ao corte
serão preservados.
O município também se compromete, segundo o secretário de Meio Ambiente, de plantar, como
medida de compensação ambiental, 15 mil mudas de árvores nativas próximo ao arroio em
questão
e na margem de outros riachos da cidade, em local a ser definido. O projeto também prevê a
implantação de um programa de sensibilização para a mobilização de alunos e professores a
fim
de iniciar o conhecimento das comunidades escolares das propostas do Executivo no replantio
de
árvores e manutenção das áreas de preservação ao longo do percurso urbano do arroio.
(
Informativo do Vale, 05/10/2006)