Região Sul do Piauí está comprando água para não morrer de sede
2006-10-06
A seca na região Sul do Piauí está provocando graves problemas no município de Várzea Branca. O município está sem água desde o mês de junho, quando cessaram as chuvas naquela região. A população não está sendo atendida pelo poder público municipal e a Defesa Civil do Estado diz que só pode agir após decreto de calamidade público do prefeito.
O presidente da FETAG-PI, Evandro Luz, diz que a entidade cobra das autoridades competentes uma solução para esse grave problema que atinge ainda outros municípios, como os da região de Picos. O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Branca, João Batista de Macedo, informa que dois moradores da cidade estão comprando água em Anísio de Abreu em carros-pipa e revendendo um tambor de água a R$ 4,00 para a população.
"Quem pode comprar, ainda consegue ter uma água boa para o consumo, mas quem não pode passa sede ou então recorre a água suja de barreiros", explica o sindicalista.
Segundo João Batista de Macedo, o abastecimento d´água em Várzea Branca é de responsabilidade do município. A água chega à cidade através de canos que partem de poços do município de Jurema. O sindicalista explica que os registros não podem ser abertos totalmente, pois a pressão pode estourar os canos. A forma como são abertos os registros não é suficiente para abastecer a cidade.
A adutora do Garrincho, que beneficiaria o município de Várzea Branca, ainda não está funcionando e frustrou a população, que acreditava que o problema de falta d´água iria chegar ao fim.
A escassez de água está deixando a população desidratada. O problema afeta com mais gravidade os idosos e crianças, que têm apresentado diversos problemas de saúde.
A agricultura também fica prejudicada e os trabalhadores rurais, além de sede, também passam fome, pois não podem produzir.
(Por Wesslley Sales, Portal Verdes Campos – PI, 05/10/2006)
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