Smam retirada 50 moradores do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre
2006-10-06
Uma operação coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) em oito pontes ao
longo do Arroio Dilúvio resultou na retirada de 76 moradores de rua e mais de uma dezena de
crianças que vivem nesses locais. Os moradores não queriam deixar o local e protestaram contra
a ação. O resultado final foi a retirada de 50 pessoas. A atividade teve a participação de
integrantes da Guarda Municipal, Brigada Militar, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana,
da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e de representantes dos Direitos Humanos.
Caminhões da Smam e do DMLU levaram colchões, camas, roupas e utensílios de cozinha. Os
moradores de rua foram convidados a ir para abrigos da prefeitura ou entidades particulares.
Somente na ponte localizada na esquina das avenidas Ipiranga e Barão do Amazonas não foi
constatado nenhum morador. A maior parte da operação ocorreu na ponte localizada na esquina das
avenidas Ipiranga e Azenha. "Além de estar em situação de risco, elas podem sofrer algum
acidente, tendo em vista a passagem de redes de iluminação e saneamento pelo local. Qualquer
dano poderia causar problemas de abastecimento e comprometer o funcionamento da própria
cidade", declarou o titular da Smam, Beto Moesch.
O secretário destacou que os dejetos, restos de comida e outros objetos deixados pelos moradores
de rua acabam contaminando o Dilúvio. Ele ressaltou que esse tipo de operação vem sendo
realizado pela secretaria em parques e praças da Capital, com o objetivo de evitar que os
moradores de rua deixem nesses locais objetos como colchões e roupas. Moesch destacou que os
maiores problemas são verificados nas praças no Centro. Os pertences dessas pessoas são levados
para um depósito da secretaria e ficam à disposição para retirada.
(Correio do Povo, 06/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp