(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-10-06
A França -onde anualmente são registradas 66 mil mortes por causa do tabaco- se prepara para imitar os espanhóis e proibir, dentro de alguns meses, o consumo de tabaco em locais públicos, apesar da oposição de donos de bares e restaurantes e da eficácia relativa observada na vizinha Espanha. Por lei ou por decreto, o governo, que aumentou em várias ocasiões o preço dos cigarros sem conseguir reduzir o consumo, quer "terminar com a coabitação obrigatória entre fumantes e não fumantes".

Uma vez superadas as dúvidas iniciais, provocadas pela ira previsível do setor de bares e restaurantes e dos donos de tabacarias, o executivo francês se baseará em normas já aplicadas em países vizinhos para tornar efetiva uma lei semelhante prevista para setembro de 2007. Segundo o relatório apresentado por uma comissão parlamentar, não haverá exceções à proibição de fumar em público, embora deva ser concedido um prazo de alguns meses a certos locais para habilitação de áreas específicas para fumantes.

O documento destaca que seu objetivo é defender os fumantes passivos e, em hipótese alguma, estigmatizar os consumidores de tabaco ou proibir o consumo de cigarros. Segundo o encarregado da missão parlamentar, o deputado Pierre Morange, do partido UMP (direita, situação), a proibição será eficaz através de um decreto governamental e não mediante uma lei.

Na França, o tabaco é a primeira causa das chamadas mortes evitáveis. No total, 66.000 fumantes morrem todos os anos neste país, segundo o Ministério da Saúde. O presidente francês, Jacques Chirac, destacou em várias ocasiões a necessidade de lutar contra o vício do tabaco, do álcool ou da maconha. O premiê, Dominique de Villepin, reiterou na semana passada que o governo dará uma resposta "clara, responsável e justa" ao problema do consumo de tabaco em locais públicos.

União Européia
A França imitará, assim, a Irlanda, Itália, Suécia, Grã-Bretanha, Noruega e Espanha, países que aprovaram desde 2004 leis antitabagistas. No entanto, a eficácia da medida é posta em dúvida quando se sabe que a lei espanhola que restringe o fumo há nove meses é ignorada por muitos bares e restaurantes. Calcula-se que a lei provocou uma redução no consumo de cigarros de pelo menos 5% este ano.

"A lei é respeitada em centros de trabalho, edifícios públicos, e inclusive nas universidades ou em meios de transporte", disse o presidente do Comitê Nacional para a Prevenção do Tabagismo, Rodrigo Córdoba. No entanto, "há problemas de cumprimento" das novas regras por parte de bares e restaurantes, explicou à AFP o doutor Córdoba.

A "Lei do tabaco", que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2006, proibiu completamente o cigarro em locais públicos e de trabalho, quando a legislação espanhola na questão era uma das mais atrasadas da Europa.

O governo espanhol foi relativamente clemente com os bares, restaurantes e discotecas, onde o hábito de fumar está muito arraigado, com exceção dos pequenos estabelecimentos. "Há resistência dos empresários do setor em cumprir as normas por temor de perdas econômicas e algumas comunidades são pouco vigilantes na hora de fazer cumprir a lei", disse Córdoba.

A lei estipula que os restaurantes ou bares com menos de cem metros quadrados podem escolher entre ser um espaço para fumantes ou não fumantes e atualmente mais da metade destes estabelecimentos escolheu ser de fumantes. Para os bares e restaurantes com superfície superior a 100 metros quadrados, a lei obriga instalar um espaço para não fumantes bem delimitado por divisórias ou paredes, ou transformar o estabelecimento em um espaço livre para fumantes.

Apenas a metade dos grandes estabelecimentos respeita atualmente a legislação, segundo o Comitê Antitabaco, quando em teoria tinham um prazo até 1º de setembro para se adequar à norma. Apesar de tudo, a nova legislação, "do ponto de vista da saúde pública é muito positiva" e o consumo de cigarros diminuirá entre 5% e 7% este ano, segundo Córdoba.
(France Presse, 05/10/2006)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15307.shtml

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -