Empresa do município de Jaguari produzirá álcool hidratado
2006-10-05
Está na fase de implantação dos equipamentos o projeto da URI para fabricação de álcool
hidratado (combustível) e cachaça no município de Jaguari. A meta é colocar a usina em operação
no primeiro trimestre de 2007, com uma produção média de 50 litros de álcool por hora. Serão
cultivados 6 hectares de cana-de-açúcar para fabricação do combustível e de aguardente. De
acordo com o coordenador do Centro Tecnológico Vale do Jaguari e do projeto, engenheiro agrônomo
Ciro Rodrigues de Brum - professor da URI, Campus de Santiago -, a finalidade principal é
capacitar os produtores, para que eles possam fabricar cachaça de melhor qualidade, e incentivar
a formação de cooperativas de agricultores, para produção de álcool combustível. A universidade
oferecerá cursos e treinamento aos plantadores.
A iniciativa começou em 2005 com estudo da URI para identificar as variedades de cana-de-açúcar
para produção de açúcar e álcool hidratado na região. Incorporaram-se ao projeto a Prefeitura
de Jaguari, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, a Fepagro e uma empresa jaguariense
que fabrica e instala os equipamentos, com tecnologia própria.
A prefeitura entrou com a estrutura física das instalações, adaptando uma antiga escola agrícola
federal, que foi passada para o município e abrigará o Centro Tecnológico do Vale do Jaguari.
No local, que dispõe de caldeira e estrutura para produção de vapor, destilação e fermentação,
serão testadas mais de 30 variedades de cana-de-açúcar. Caberá à universidade oferecer o
pessoal técnico que vai trabalhar desde a pesquisa, plantio e colheita da cana-de-açúcar, até a
produção do álcool e da cachaça de qualidade.
A perspectiva é que a produção dos dois produtos seja absorvida na própria região, mas, se
houver excedente, será comercializado. De acordo com o professor Ciro Brum, numa segunda etapa,
o projeto pode investir na pesquisa e na produção de biodiesel. "Vamos começar pelo cultivo da
cana-de-açúcar, tradicional na região, e depois poderemos partir para a mamona", acrescenta.
(Por José Ody, Correio do Povo, 05/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp