UFMT estuda medidas para impedir instalação da praga
2006-10-03
O risco de mexilhões dourados invadirem as águas do Estado forçou a formação de um grupo de estudos e pesquisas, centralizado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), contra o molusco que entrou no país por Cáceres, em 2004.
Mexilhões dourados são parentes distantes dos caracóis africanas que se reproduzem em terra, explica a professora Cláudia Callil, do departamento de Biologia e Zoologia da UFMT. O prejuízo que o bicho aquático traz, segundo ela, é que entope turbinas de hidroelétricas e outras tubulações como a de sistemas de distribuição de água e estruturas hidráulicas industriais e já preocupa a América do Sul.
Ontem à tarde, um pesquisador argentino que compõe a equipe de estudos da UFMT, Gustavo Darrigran, fez palestra para alunos e profissionais da área sobre o assunto, dimensionando o problema ecológico.
Segundo a professora, em seu ambiente natural, o mexilhão não se reproduz com facilidade. Mas em desequilíbrio, chega a se juntar em comunidades de 240 mil indivíduos por metro quadrado. O aglomerado é que forma estruturas capazes de provocar os entupimentos. A UFMT estuda formas de controlar a reprodução do bicho, que não tem predador natural aqui. Na ausência de projeto, indica o uso de cloro.
(Por Keka Werneck, Diário de Cuiabá, 03/10/2006)
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