VCP entrega EIA-Rima à Fepam
2006-10-02
O diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), Antenor Ferrari, recebeu na quinta-feira (29/09) do gerente de Meio Ambiente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), Fausto Camargo, o estudo de impacto ambiental do empreendimento de silvicultura da empresa no Rio Grande do Sul.
O levantamento levou mais de um ano para ser desenvolvido e contou com uma equipe técnica formada por cerca de 100 pessoas, incluindo pesquisadores e especialistas de 12 instituições e universidades locais. O trabalho reúne 12 volumes, somando aproximadamente 2.500 páginas.
O diagnóstico foi realizado em uma área de 3 milhões de hectares, que
abrange quatros bacias hidrográficas da Metade Sul. Desse total, serão
cultivados com eucaliptos, efetivamente, 2% do território estudado e as
florestas estarão distribuídas em 27 municípios. A coordenação técnica é da Pöyry Tecnologia Ltda, empresa de tecnologia na indústria de produtos com base florestal com mais de 30 anos de experiência no Brasil e sede em
Helsinque, Finlândia.
Segundo Ferrari, o trabalho poderia ter sido feito em gabinetes, mas não.
Foi totalmente desenvolvido no campo e especialmente com a participação das instituições da região. “A maneira como foi construído nos dá mais segurança para quando formos analisar com mais profundidade os documentos, sabermos que já há uma manifestação dos interesses da comunidade, especialmente as universidades, além das comunidades locais, sindicatos e entidades dos mais diversos setores da sociedade”, declarou.
Em um primeiro momento, o estudo fez uma caracterização detalhada do
empreendimento e, em seguida, o mapeamento das áreas. Durante o processo, foram observados os aspectos dos meios físico, biótico e socioeconômico e, ainda, os tributários e a avaliação dos impactos e seus aspectos legais. Para exemplificar a preocupação com comunidade, Romualdo Hirata, consultor da Pöyri, destaca que antes de qualquer ação, estudos em campo foram realizados por uma equipe de Arqueologia para garantir a preservação do patrimônio histórico e cultural da região.
Segundo Camargo, o trabalho serve para potencializar os fatores positivos e
minimizar os negativos. “Muito do que estamos implantando no solo gaúcho, já vem sendo pesquisado há mais de 20 anos em nossas áreas em São Paulo”, declarou. O gerente da VCP explicou ainda que por meio da atividade de silvicultura haverá uma grande recuperação das áreas degradadas. “Será um ganho ambiental significativo para o Estado, pois a Fepam inovou na incorporação de toda a cadeia no licenciamento integrado”, completou o diretor técnico da Fepam, Jackson Müller.
(Comunicasul, 29/09/2006)