(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-09-29
Ontem e hoje (29/9) o Centro Universitário Nilton Lins realiza, em Manaus (AM), uma reunião entre os representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) com pesquisadores da Rede Conservação e Manejo de Espécies de Peixes de Água Doce da Amazônia, também denominada Pro-Peixe. O objetivo é avaliar o desempenho científico e tecnológico dos cinco projetos que compõem a rede. Para isso, os pesquisadores farão exposições orais sobre cada trabalho.

A coordenadora da Rede e pesquisadora do Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (LEEM/Inpa), Vera Val, explicou que o Pro-Peixe é formado por instituições como o Centro Universitário Nilton Lins, as universidades Federal do Pará (UFPA) e Estadual do Maranhão (Uema), a Uninorte e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), e teve início há dois meses e meio, com investimento de cerca de R$ 1,019 milhão.

A pesquisadora ressaltou que o objetivo desse grande projeto é analisar, geneticamente, os animais criados em cativeiros do Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas, e compará-los com os que vivem em ambientes naturais. Isso porque está havendo uma quebra da variabilidade genética (capacidade natural que o animal tem para selecionar os genes mais resistentes), o que vem ocorrendo tanto ambiente natural quanto em artificial (cativeiros). Com isso, os pesquisadores querem determinar o que está acontecendo e encontrar alternativas para solucionar a questão. No homem, a variabilidade genética caracteriza-se pela determinação da cor dos olhos, cabelo, cor da pele, resistência a doenças etc.

“Um dos motivos que podem estar causando a diminuição da variabilidade genética nos peixes é a pesca excessiva sobre determinadas espécies de alto valor econômico, como o tambaqui, o pirarucu, a matrinxã e o tucunaré. Após conclusão das pesquisas queremos encontrar formas de garantir a produção e manutenção das populações e permitir a reposição dos animais ao seu habitat natural”, disse Vera Val.

Porém, segundo a pesquisadora, alcançar a meta traçada até o final da pesquisa, que durará 36 meses, não é tarefa fácil. Isso porque a manutenção do padrão de variabilidade em cativeiros é complicado, pois envolve o acasalamento aleatório, o qual permite a seleção natural de genes que já estão adaptados a ambientes modificados. Esse procedimento é comum somente em animais que vivem soltos. Ela afirmou que vencer esse obstáculo é a garantia de sucesso entre as gerações futuras, pois serão criados animais mais resistentes às mudanças ambientais e às próprias mudanças no ambiente artificial, consideradas as mais severas.

Para garantir o sucesso da rede, os pesquisadores farão uso das metodologias mais modernas disponíveis no mercado, como a utilização de microssatélites para monitorar as espécies mais exploradas. Além disso, utilizarão o que há de mais moderno na pesquisa molecular. O objetivo é criar bibliotecas de seqüências expressas de todos os genes expressos no organismo dos peixes. Para isso serão isolados o RNA total, sigla para ácido ribonucléico, que em sua composição é semelhante ao DNA (ácido desoxirribonucléico), formado por cadeias simples e moléculas de dimensões inferiores ao DNA.

A pesquisadora explicou que após isolarem o RNA, os mesmos serão transformados em CDNA, ou seja, que codificam algo dentro do organismo, os quais serão seqüênciados. O objetivo é encontrar diferenças entre adultos e jovens, como, por exemplo, saber se existem genes que se diferenciam sexualmente, como no caso do pirarucu. “Só é possível saber o sexo do pirarucu após ele se tornar um animal adulto. Quando conseguimos determinar isso ainda jovem é possível manejá-lo para a procriação. O trabalho pode ser utilizado por piscicultores”, afirmou.

Em relação à pesquisa molecular, o trabalho também pretende identificar os genes de crescimento e os resistentes a determinadas doenças. Com a informação, os pesquisadores poderão melhorar o manuseio e a taxa de crescimento dos animais. “Tudo que for expresso de diferenciação entre jovens e adultos e machos e fêmeas serão analisados como genes-alvos”, finalizou.
(Ministério de Ciência e Tecnologia, 28/09/2006)
http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/41588.html

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -