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2006-09-29
No próximo mês, a Intech Engenharia & Meio Ambiente, de Florianópolis, vai produzir, em parceria com um investidor, 200 litros de biodiesel por hora a partir da gordura de frangos, num frigorífico de Santa Catarina. O protótipo sai do laboratório para ser montado em escala industrial. Transformar óleo animal em biodiesel, apresentou-se como uma oportunidade para a empresa, que tem receita bruta média anual de R$ 1 milhão e que em curto prazo poderá faturar R$ 2 milhões/mês.

O diferencial da tecnologia é que ela permite transformar o óleo com a utilização do etanol, matéria-prima 100% brasileira e renovável. O forte argumento da Intech junto aos clientes para deslanchar o projeto está baseado na transformação de passivos ambientais em fonte energética. "Nossa idéia é criar centrais de recebimento de gorduras ou instalar pequenas unidades de captação de óleos nos frigoríficos, atividade que possivelmente será terceirizada", diz o diretor geral da Intech, Pedro Springmann.

A Intech montará a estrutura de transformação do óleo em biodiesel. "Existe a opção de vender a tecnologia para grupos interessados, mas o investidor tem capital para instalar unidades de processamento num ilimitado número de frigoríficos", diz Springmann, sem revelar o nome do grupo. Segundo o diretor da empresa, o capital é norte-americano e haverá dinheiro necessário para a instalação destas unidades. O custo médio de implantação numa planta de porte médio está calculado em R$ 5 milhões.

Springmann diz que um frango pesa em média 1,8 quilos e 2,4% deste total é óleo. Num frigorífico de pequeno porte, que abate 1.000 aves/dia, a produção é de 4,3 toneladas de óleo/dia que, processado, volta à empresa na mesma quantidade e em forma de biodiesel. Ou seja, cada litro de gordura animal produz um litro de biodiesel. Este número é bem maior se o animal abatido for um boi (18 Kg de gordura por gado) ou um porco (8,8 % de gordura). Ele afirma que a conversão pode ser feita com óleo de qualquer animal. Segundo o diretor, um frigorífico de médio porte produz seis a oito toneladas de óleo por dia. O combustível produzido será vendido para o próprio frigorífico, que tem demandas em tratores, geradores, caminhões que transportam rações aos integrados ou a frota que traz o frango para o abatedouro. "Este será o nosso grande mote de marketing. Movimentar sua própria frota com um combustível ecologicamente correto. O biodiesel é 10 vezes menos poluente que o diesel", diz.

Springmann conta que estas gorduras, até pouco tempo, eram integralmente refinadas e transformadas em matéria-prima para rações, tanto é que a maioria dos frigoríficos mantém fábricas de farinhas e óleos acopladas. Há também centrais de recebimento de resíduos (penas, vísceras e sangue, além de gorduras) no Brasil, de empresas independentes que recolhem as sobras. Segundo ele, cada vez mais aumentam as restrições sanitárias e econômicas que inviabilizam a utilização de alguns resíduos do abatedouro, entre eles, a gordura, para transformação em rações. "Hoje há vários passivos ambientais resultantes do armazenamento de materiais em reservatórios especiais, que acabam onerando os custos da empresa. Vai chegar o ponto de não se saber o que fazer com eles", afirma Springman.
(Por Juliana Wilke, Gazeta Mercantil, 29/09/2006)
http://www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param=9%2c0%2c1%2c229172%2cYTRE

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