Entidades ambientalistas e outras organizações da tríplice fronteira encaminharam documento à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pedindo ações efetivas em defesa do rio Uruguai. Assinam o documento dirigentes da Amigos del Rio, Movimento Ecologista Rio Mocoretá, ONG Sepé Tiaraju, Atelier Saladero, Comissão Binacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de Uruguaiana/Paso de los Libres, Associação Comunitária Uruguaianense de Proteção dos Animais e Instituto Patulus.

Conforme o vice-presidente da Comissão Binacional, Juraci Luques Jacques, o documento redigido durante encontro realizado em Monte Caseros (Argentina), busca a execução de estudos para a unificação da legislação de pesca na Bacia do Rio Uruguai, considerando que com o início do período de piracema, pescadores de diversas localidades deslocam-se para o Rio Grande do Sul com o intuito de praticar a pesca ilegal. As entidade também argumentam que, no Brasil, o período de defeso é de 120 dias, a partir de 1º de outubro, enquanto na Argentina, em média, a piracema tem a duração de 45 dias. Os ambientalistas alertam que faltam recursos materiais e humanos à fiscalização do Ibama.

No ano passado, foram beneficiados com o seguro-desemprego, durante o período de defeso na Bacia do Rio Uruguai, 537 pescadores. O benefício é concedido a profissionais que têm na pesca a sua principal fonte de renda. São quatro parcelas no valor de um salário-mínimo, cada uma.
(Correio do Povo, 29/09/2006)
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