A Câmara de Vereadores de Venâncio Aires analisa o projeto que prevê o novo Plano Diretor do
município. Baixado pelos vereadores para estudo das comissões desde o final agosto, o
documento tem prazo até o dia 10 de outubro para aprovação. A proposta deverá ir à votação
do plenário nas próximas sessões.
A arquiteta da Prefeitura e responsável pela formulação da proposta, Sandra Sperb, explica
que o Plano Diretor, criado em 1982, chegou a ser atualizado em 1998, mas necessitou de
novas reformulações. “É uma condição imposta pelo governo federal a diversos municípios. No
nosso caso, as adaptações ocorrem porque somos um município com mais de 20 mil habitantes”,
enfatiza.
Entre as principais mudanças sugeridas no novo projeto, a arquiteta destacou, primeiramente,
a ampliação do perímetro urbano, englobando novos loteamentos e áreas de expansão
territorial. Outra proposta contida no documento prevê a redistribuição do zoneamento de
usos, proporcionando o ordenamento das atividades industriais e de serviços, incluindo a
reserva de espaços específicos para áreas residenciais na zona urbana.
A construção de um anel viário para facilitar o deslocamento de trabalhadores e o escoamento
da produção também integra os objetivos propostos no plano. A idéia em estudo prevê, ainda,
a construção de pistas laterais junto à RST-287 e a RST-453.
No novo Plano Diretor também consta a ampliação da zona comercial central da cidade. Segundo
Sperb, o intuito é descentralizar e aumentar o espaço de ocupação de diferentes
empreendimentos do setor de serviços. “O mesmo objetivo se estende à área do Distrito
Industrial, que também deverá ser ampliada. Precisamos adequar áreas para disponibilizar
infra-estrutura a futuras empresas que poderão aqui se instalar”, justifica.
Interior
Para a zona rural de Venâncio Aires, a principal mudança prevista na proposta do Plano
Diretor é cadastrar os moradores que residem em localidades-sede dos distritos. “Isso
legalizará, por exemplo, o repasse de recursos a esses munícipes, caso necessitem de verbas
para algum tipo de investimento. Mas estes também passarão a integrar a vida financeira do
município, como por exemplo, o pagamento de impostos, como o IPTU”, comenta a arquiteta
Sandra Sperb.
(Por Maicon Kroth,
Gazeta do Sul , 27/09/2006)