Famílias assentadas negociam benefícios com mineradora em Juruti (PA)
mineração de bauxita
alcoa
2006-09-26
As famílias do assentamento Socó I, em Juruti (PA), terão 30 dias para apresentar à Alcoa uma proposta de contrapartida social para a comunidade, em razão da mina de bauxita que a empresa está instalando no município e da ferrovia que pretende construir, cujo trajeto passa por dentro da área do assentamento. O prazo, definido em uma reunião na última sexta-feira, começará a contar a partir de 2 de outubro.
Durante a reunião, a Alcoa apresentou aos assentados suas propostas, formalizadas em processo perante o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no último dia 19. Dentre elas, estão a demarcação do perímetro do assentamento, a delimitação individual dos lotes, a construção de uma escola e de um microssistema de abastecimento de água.
Mas os assentados do Socó I, que reúne pouco mais de 340 famílias, reivindicam, além da construção de escola e estradas, pagamento de indenização para as 40 famílias que serão diretamente afetadas pela construção da ferrovia. A reunião de sexta-feira fecharia as negociações, mas as entidades representativas das famílias do Socó I pediram mais 30 dias para apresentar uma proposta.
Durante a reunião, o superintendente regional do Incra em Santarém, Pedro Aquino de Santana, atendendo a pedido do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Juruti, anunciou que um assistente da Procuradoria Jurídica do instituto, um engenheiro agrônomo e um engenheiro florestal estarão à disposição para auxiliar a conclusão da proposta dos assentados.
Uma nova reunião entre as famílias do Socó I, Incra e Alcoa está agendada para o dia 6 de novembro.
(O Liberal – PA, 25/09/2006)
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