Na reta final campanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve ontem (25/09) no Rio Grande do Sul misturando agenda oficial e de candidato em um esforço derradeiro para reverter a desvantagem em relação ao tucano Geraldo Alckmin entre o eleitorado local. Levantamento do Centro de Pesquisas Correio do Povo (CPCP) divulgado no fim de semana indica Alckmin com 43,2% das intenções de voto, contra 29,8% de Lula.

Como presidente, Lula visitou dois projetos que o PT busca capitalizar como exemplo de iniciativas benéficas do governo federal ao Rio Grande do Sul. No final da tarde Lula esteve em Candiota, no Sul do estado, onde será construída a fase C da usina Termelétrica de Candiota II. A obra simboliza o resgate do carvão gaúcho, que passará a ganhar mais importância na matriz energética brasileira.

A usina, responsabilidade da estatal Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), terá um custos de R$ 1 bilhão, financiada por chineses. "Isso não é mais promessa", disse Lula no discurso, lembrando que o projeto existe há mais de duas décadas mas que agora a usina será construída seja qual for o resultado das eleições.

O presidente creditou ainda o projeto à prioridade estabelecida pelo governo no início do seu mandato de priorizar relações estratégicas com China, Índia e África do Sul. Luca citou outras iniciativas do governo que beneficiaram o estado como a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e o fato de os módulos da Plataforma P-53 estarem sendo construídos em Rio Grande. Já de noite a agenda do presidente previa uma vistoria nas obras do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec), primeira fábrica e centro de prototipagem de circuitos integrados da América Latina, que está sendo construído com recursos da União.
(Por Caio Cigana, Gazeta Mercantil, 26/09/2006)
http://www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param=20%2c0%2c1%2c222649%2cYTRE