Haiti tem interesse na tecnologia do biodiesel, diz coordenadora de Biocombustíveis
2006-09-26
O ministro da Agricultura do Haiti, Joanas Gué, visitou nesta segunda-feira (25/09) a usina de produção de biodiesel da UnB - Universidade de Brasília. De acordo com a coordenadora de Biocombustíveis do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, Édna Carmélio, que acompanhou a comitiva, os haitianos estão interessados não só na tecnologia em produção de biodiesel, mas também na possibilidade de desenvolver a agricultura e estimular a produção de alimentos naquele país.
“São diversas as possibilidades. O Haiti tem uma dependência muito grande do petróleo, que é importado. Então, só de gerar uma energia localmente já é extremamente importante para eles. Essa energia associada à geração de emprego no campo e a segurança alimentar são um beneficio duplo”, afirmou Carmélio.
Segundo Édna Carmélio, o Haiti pode copiar a iniciativa do governo brasileiro que concede incentivo a indústria que compra produtos da agricultura familiar para produzir o biodiesel. “A indústria tem benefício tributário na medida em que compra da agricultura familiar e da assistência técnica necessária ao plantio”, disse.
Com investimentos superiores a R$ 100 mil, a usina de biodiesel da Universidade de Brasília tem capacidade para produzir 300 litros de óleo vegetal por dia. Essa quantidade, segundo Édna, poderia abastecer dez tratores diariamente. O biodiesel é produzido a partir de vegetais como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja, dentre outras.
Atualmente, sete usinas de biodiesel operam no Brasil, com capacidade de produzir 91 milhões de litros de biocombustível por ano. Mais 15 indústrias estão em fase de regularização pela Agência Nacional de Petróleo. A expectativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário é de que até o dezembro de 2007 o Brasil produza 1 bilhão de litros de biodiesel por ano.
(Por Ivan Richard, Agência Brasil, 26/09/2006)
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