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2006-09-26
Os planos anunciados recentemente pelo Egito e Turquia para a construção de usinas de energia atômica estão gerando preocupação a respeito da possibilidade de uma corrida nuclear no Oriente Médio. "É fácil exagerar e é verdade que estes países têm o direito de buscar todas as fontes de energia, mas é indiscutível que também existe um elemento estratégico neste caso", disse Mark Fitzpatrick, especialista em não-proliferação nuclear no Instituto de Estudos Estratégicos de Londres.

"Ter uma infra-estrutura nuclear é o passo que um país precisa dar se decidir seguir o caminho das armas nucleares. O Paquistão seguiu esta rota", acrescentou. Segundo esta teoria, Egito e Turquia estão preocupados com o fracasso da Organização das Nações Unidas (ONU) em paralisar o enriquecimento de urânio no Irã. Eles acreditam que poderão ser deixados para trás caso o Irã, apesar de suas negativas, consiga no futuro se desenvolver como uma potência nuclear.

Os dois países estão tomando medidas preliminares para se proteger no setor de segurança e de energia. "Um dos perigos caso o Irã consiga capacidade nuclear é que o país possa provocar outros países. Então quando vemos desenvolvimento de energia nuclear em qualquer lugar da região, é preocupante", disse Fitzpatrick.

Energia nuclear
Por outro lado, as preocupações do Ocidente parecem ser vistas no Oriente Médio como outro exemplo de como países desenvolvidos que usam livremente a energia nuclear (e que têm armas nucleares, em alguns casos) tentam impedir que outros desenvolvam a tecnologia. A Turquia tem uma boa desculpa para continuar com os planos de construção de três usinas em 2015.

Segundo dados compilados pela CIA, estima-se que a Turquia produz 50 mil barris de petróleo por dia, mas consome 700 mil barris ao dia. O Egito, por sua vez, tem reservas de cerca de 2,7 bilhões de barris de petróleo, produzem 700 mil barris por dia e tem um consumo de 500 mil barris diários, também segundo a CIA. O país revelou planos para construir uma usina nuclear.

A proposta foi anunciada por Gamal Mubarak, o filho do presidente do Egito, Hosni Mubarak. O anúncio foi encarado como um indício de que Gamal pretende concorrer à Presidência para substituir a seu pai. Turquia e Egito assinaram o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, cujo objetivo é justamente evitar que mais países desenvolvam esse tipo de armamento.

Os dois países podem argumentar que em um mundo preocupado com o uso de combustíveis fósseis, o uso de energia nuclear é uma opção ecologicamente correta. Mas a energia não é o único fator que um país leva em conta quando vai desenvolver energia nuclear. Há questões de prestígio e a oportunidade para o desenvolvimento científico doméstico. Estes dois fatores foram considerados no Irã, que tem conseguido transformar sua ambição nuclear em um símbolo de ambição nacional de progresso.

Enriquecimento de urânio
Um fator que está acalmando os temores em relação aos planos de Egito e Turquia é que nenhum desses países está falando a respeito de enriquecer urânio, como falam as autoridades do Irã. O urânio enriquecido é usado para a geração de energia nuclear, mas o mesmo processo pode ser usado para produzir bombas.

Esse tipo de urânio está disponível no mercado internacional, e a insistência do Irã de que precisa ter o domínio da técnica de enriquecimento é um dos fatores por trás da exigência do Conselho de Segurança da ONU para que o país suspenda o enriquecimento enquanto o seu programa é discutido. O fato de Israel possuir armas nucleares também aumenta os temores de uma corrida nuclear no Oriente Médio.

O Egito pediu que o Oriente Médio seja uma área livre de armas nucleares, mas esta possibilidade parece cada vez mais distante, já que Israel encara o Irã como sua principal ameaça estratégica. Israel tem uma política de não confirmar nem negar se tem armas nucleares, afirmando apenas que não seria o primeiro país a introduzir esse tipo de armamento na região. Essa ambigüidade pode se transformar em tensão se for concluído que o Irá está tentando obter a bomba.

"Ninguém deve simplesmente supor que Israel permaneceria onde está agora, com sua capacidade ambígüa, se o Irã se transformar em uma potência nuclear", disse o professor Gerald Steinberg, chefe do Programa de Gerenciamento de Conflito na Universidade Bar-Ilan, perto de Tel Aviv. "A política de Israel deve mudar para demonstrar que o país continua estrategicamente superior", acrescentou.
(Por Paul Reynolds, BBC, 25/09/2006)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u57244.shtml

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