Na data em que se comemorou o Dia da Árvore e o Dia Latino-americano contra o Monocultivo, manifestantes ligados a Organizações Não-Governamentais (ONGs) e movimentos sindicalistas realizaram quinta-feira (21/09) protestos em Pelotas e Rio Grande. Munidos de galhos de eucaliptos e carregando faixas e bandeiras - da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dos movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Desempregados (MTD) - o grupo era composto, segundo os organizadores, por cerca de 200 pessoas.

Uma das integrantes do Centro de Estudos Ambientais (CEA), Cíntia Barenho, esclareceu que o ato teve por objetivo fazer um alerta contra a instalação da fábrica de celulose na região (pois seria geradora de poluição) e o monocultivo de eucaliptos. Outro contraponto teve relação com o emprego. Ao contrário da idéia vendida pelos empresários - que a fábrica empregaria milhares de pessoas - a realidade seria bem diferente. A defesa é que as monoculturas de eucalipto geram apenas um emprego a cada 185 hectares, enquanto na agricultura familiar este número chega a cinco por hectare.

A pé, os manifestantes percorreram algumas ruas do Centro até e entregaram carta aberta que cobra providências com relação ao assunto à prefeitura, UCPel e Ministério Público Estadual.
(Por Ivelise Alves Nunes, Diário de Pelotas, 22/09/2006)
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