O movimento ambientalista gaúcho lançou ontem à tarde (24/09), no Parque da Redenção, em Porto Alegre, a campanha “Defenda o que é nativo do Rio Grande”. A mobilização é a nova ofensiva dos ecologistas contra as monoculturas de árvores exóticas no Rio Grande do Sul. O Núcleo Amigos da Terra Brasil (NAT Brasil), Igré/Amigos da Água, União Pela Vida (Upan) e Biodefesa Gaúcha são as entidades responsáveis pela campanha.
A idéia era lançar a campanha no dia 20 de setembro, como forma de associar o gaúcho ao Pampa, mas a chuva da última quarta-feira atrapalhou os planos dos ambientalistas.
As próximas mobilizações ainda não têm data definida, mas devem acontecer em datas estratégicas, em um estande com distribuição de fôlderes e assinatura de abaixo-assinados contra a silvicultura.
A agrônoma do NAT Carla Vilanova explica que a mobilização pretende alertar a população contra os impactos negativos do plantio de espécies como o eucalipto, o pinus e a acácia, especialmente na região do Pampa. “Queremos mostrar que os prejuízos podem ser muito grandes e que os empregos que as empresas prometem não passam de conversa”, dispara a ecologista.
Carla também adianta que as ONGs estão confeccionando material informativo contra a Stora Enso como forma de protesto. As entidades reclamam do pedido feito pela multinacional sueco-finlandesa para alterar a lei de terras em faixa de fronteira. De acordo com a Constituição Federal de 1988, está proibida a utilização de terras em faixas de fronteira – 150 quilômetros de distância de outros países – por empresas de capital estrangeiro, e a autorização deve vir do Conselho de Segurança Nacional.
Leia mais:
Instalação da Stora Enso ganha apoio de Grupo de Trabalho
(Por Patrícia Benvenuti, 25/09/2006)