Liberação do registro de agrotóxico pode ser simplicada
2006-09-25
Especialistas do Ministério da Agricultura (Mapa) acreditam que o decreto 40.074/02, em consulta
pública na Anvisa até hoje (25/09), dará um novo impulso à Lei dos Agrotóxicos 7.802/89. A legislação é
alvo de crítica dos representantes do setor primário, que reclamam da demora na liberação de
registros de produtos ou mesmo da ineficácia de mecanismos que possam reduzir o teor de
substâncias tóxicas nos alimentos.
Conforme o coordenador-geral de Agrotóxicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do
Mapa, Luís Eduardo Rangel, existem, no mínimo, cinco projetos Congresso com proposições de
atualização à lei, quando o que falta é a sua desburocratização. "Falta aplicabilidade à lei,
hoje existem determinações que provocam a burocracia", revelou. Rangel exemplifica que o
controle de resíduos de alimentos é realizado de forma isolada tanto pelo Mapa quanto pela
Anvisa que analisam, cada, a produção e a venda do produto."O trabalho poderia ser feito de
forma conjunta, sob uma coordenação supraministerial", apontou.
A forma como ocorre o registro de produtos equivalentes ou genéricos de agrotóxicos também
demonstra lentidão. Como a análise para liberação tem de passar por três ministérios (Mapa,
Meio Ambiente e Saúde), a conclusão leva até três anos. Um proposta da deputada Kátia Abreu
(PFL-TO), na Câmara, estabelece que, nesses casos, a atribuição seja exclusiva do Mapa. Segundo
Rangel, o ministério tem condição de apresentar uma resposta em seis meses desde que haja
mudança na legislação em vigor.
A simplificação desse item da lei é uma das contribuições apresentadas pela CNA, neste mês, ao
texto que está em consulta pública. A expectativa é que, aprovado pela Casa Civil, o decreto
possa ser publicado em janeiro de 2007.
(Correio do Povo, 25/09/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp