A força-tarefa para coibir o contrabando e a possível venda ilegal de
grãos transgênicos de soja no Estado para uso como semente é motivo
de polêmica. Ontem, o superintendente do Ministério da Agricultura no
Rio Grande do Sul, Francisco Signor, declarou que foi surpreendido
pelo anúncio.
Indignado com a determinação do ministério em Brasília, o
superintendente estadual informou que a blitz começará somente no
início de outubro e não mais na próxima semana como etava previsto.
A medida foi anunciada na quinta-feira pelo diretor do Departamento de
Fiscalização de Insumos Agropecuários do Ministério da Agricultura,
Álvaro Viana, em Brasília.
- Este tipo de ação exige um acordo. Protestei pois não admito que
seja assim - criticou, ao reforçar que a superintendência estadual
acabou sendo informada pela imprensa.
Signor questionou ainda a ação apenas no Rio Grande do Sul e recomendou
atenção a outros Estados que podem receber o material de forma ilegal.
O setor de sementes foi desestruturado no Estado por causa do
contrabando de grãos transgênicos, explicou, e precisa de respaldo
para a volta à legalidade.
O desencontro de informações foi uma "falha de comunicação", na
avaliação do superintendente.
Signor ressaltou que os produtores aguardam com urgência a resolução
do Banco Central que permitirá a contratação de financiamento para o
plantio dos grãos transgênicos da safra passada no Estado.
(
Zero Hora, 23/09/2006)