Os países que recentemente se juntaram à União Europeia deverão em breve receber mais subsídios para a produção de matérias-primas voltadas para a produção de biocombustíveis, como parte da campanha do bloco para promover a energia renovável, afirmou Mariann Fischer Boel, Comissária Agrícola da UE, noticiou o Diário Económico, de LIsboa.

Até agora, os dez membros mais recentes do bloco, cuja adesão ocorreu em 2004, não têm sido beneficiados pelos mesmos subsídios agrícolas que os demais integrantes da UE. Um desses pagamentos, introduzido em 2004, consiste num subsídio de 45 euros por hectare, com o objectivo de estimular a produção de matérias-primas para biocombustíveis.

"Precisamos de fazer tudo o que pudermos para encorajar a produção de matérias-primas para biocombustíveis", afirmou a comissária num comunicado. Até agora, Grã-Bretanha, França e Alemanha são os integrantes que mais têm sido favorecidos pelo pagamento. "O sistema de oferta de subsídio está a ter um bom começo. Então, o mais justo agora é darmos aos produtores de todos os países-membros da UE a oportunidade de beneficiarem deste subsídio", acrescentou Boel.

A proposta da comissão, que será discutida pelos Ministérios da Agricultura europeus, envolve a elevação da área máxima que pode ser beneficiada pelo subsídio para os 2 milhões de hectares, face aos actuais 1,5 milhões de hectares. Se aprovada, a proposta deverá permitir que os governos do bloco paguem até metade dos custos dos produtores para plantarem em áreas englobadas pelos subsídios.
(Portugal Digital, 22/09/2006)
http://www.portugaldigital.com.br/sis/noticia.kmf?noticia=5252296&canal=159