Os índices de desmatamento estão caindo em todo o país. Mas, no Dia da Árvore, Santa Catarina não tem muito a comemorar. O Estado esteve, nos últimos cinco anos, na contramão dessa tendência.
Enquanto que a taxa de desmatamento da Mata Atlântica diminuiu 71% em todo o Brasil entre os anos de 2000 e 2005, em relação aos cinco anos anteriores, Santa Catarina foi, juntamente com o Estado de Goiás, o único em que o índice aumentou no período.
É o que demonstra o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e que terá seus dados completos divulgados até o final deste ano.
De acordo com os dados preliminares do Atlas, entre 2000 e 2005 foram devastados 46,2 mil hectares da Mata Atlântica no Estado, um aumento de 8% em relação ao período anterior.
A cobertura florestal, que ocupava 81,5% do território catarinense, atualmente não passa de 22%.
A diretora de Proteção a Ecossistemas da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Ana Cimardi, cita como mais ameaçadas de extinção a araucária, a canela, o xaxim e espécies de bromélias.
O avanço da destruição
> Santa Catarina possui somente 22% da cobertura florestal original.
> A Floresta Tropical Atlântica foi a que menos sofreu com a devastação, graças ao relevo acidentado.
> A floresta de araucárias, que chegou a cobrir 43% do território catarinense, foi quase dizimada pela exploração madeireira, agropecuária e o plantio de espécies exóticas.
> A Floresta Subtropical do Rio Uruguai, no Oeste, está degradada pelo uso do solo para agricultura, pecuária e reflorestamento.
Fontes: SOS Mata Atlântica e Fatma
(Por Estephani Zavarise,
Diário Catarinense, 21/09/2006)