A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 131 empreendimentos para o Leilão de Energia Elétrica de Novos Empreendimentos, marcado para o dia 10 de outubro. Os projetos termelétricos CTSUL e Seival, que serão implementados respectivamente em Cachoeira do Sul e Candiota, estão entre os habilitados.

O investimento estimado nas duas usinas a carvão supera o patamar de US$ 1,6 bilhão. Além desses empreendimentos, segundo informa o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, o Rio Grande do Sul participará do leilão com sete Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

No total, as usinas habilitadas no País somam potência instalada de 21.096 MW, sendo que as hidrelétricas apresentam capacidade instalada total mais expressiva (8.732 MW). Em seguidas, as fontes mais representativas na habilitação são: termelétricas movidas a gás natural (5.332 MW), térmicas a óleo combustível (3.586 MW), termelétricas a carvão mineral (1.192 MW), térmicas à biomassa (779 MW), PCHs (560 MW), termelétricas a óleo diesel (484 MW) e térmicas à cogeração - gás do processo (431 MW).

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, explica que o leilão contará com outras novas usinas hidrelétricas que já possuem concessão, tais como Estreito (TO/MA - 1.087 MW), Foz do Chapecó (SC/RS - 855 MW), São Salvador (TO - 243 MW) e Serra do Facão (GO - 210 MW).

O leilão de energia nova será realizado por sistema, via rede mundial de computadores, e será composto por duas fases, com base em lances de preço decrescentes. Na primeira, a disputa dos empreendedores se restringirá a seis usinas novas sem concessão, que terão como limite máximo de oferta o preço de R$ 125,00 por MWh. Na segunda, além das novas, entrarão na disputa por contratos de compra e venda de energia os demais empreendimentos. Na segunda fase, as hidrelétricas terão como limite de teto o maior preço verificado ao final da primeira fase, enquanto que as termelétricas terão como teto o valor de R$ 125,00 por MWh. O leilão atenderá à demanda das empresas de distribuição para o ano de 2011. As usinas que negociarem energia ao final da disputa ganharão o direito de firmar contratos com as distribuidoras válidos por 15 anos (para as térmicas) e 30 anos (para as hídricas).
(Jornal do Comércio, 22/09/2006)
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