Os habitantes de Estocolmo decidiram limitar a circulação automóvel na capital sueca e a poluição causada através da adopção de uma portagem urbana, à semelhança do que já acontece em Londres, Roma ou Singapura. Na semana passada um referendo realizado em Estocolmo sobre a portagem obteve 53 por cento dos votos a favor do “sim” e 47 por cento a favor do “não”.

Se o projecto for efectivamente adoptado pela nova maioria de centro-direita, eleita ontem na comuna de Estocolmo e no Parlamento, estará definitivamente introduzido em Março ou Abril de 2007. A aliança de centro-direita fez campanha contra esta portagem e disse que vai ter em consideração a opinião não só dos habitantes da capital mas também dos arredores. Apesar destes não terem participado no referendo, serão afectados pela portagem.

Aprovado a 16 de Junho de 2004 pelo Parlamento sueco (Riksdag), este projecto foi fortemente apoiado pelos sociais-democratas, derrotados ontem nas urnas. Antes de ser submetido à aprovação dos habitantes de Estocolmo, a portagem foi alvo de um teste entre 3 de Janeiro e 31 de Julho. Entre as 06h30 e as 18h29, os carros pagavam entre um e 2,10 euros por cada entrada ou saída da cidade. Isentos de pagamento estavam os táxis, autocarros, viaturas eléctricas e híbridas e carros com matrícula estrangeira.

A circulação automóvel diminuiu entre 20 e 25 por cento nas entradas da capital, enquanto que o objectivo inicial era de dez a 15 por cento dentro da cidade. Depois do final dos testes, a circulação intensificou-se novamente. Em Agosto, o número de viaturas a circular em Estocolmo era superior ao de Agosto de 2005, segundo dados da câmara.
(AFP, 20/09/2006)
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