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2006-09-21
Por Mário Mantovani *
A certificação do turismo sustentável ocupa posições cada vez mais importantes no âmbito nacional, sintonizando o Brasil com iniciativas mundiais e servindo como referência para países da América Latina. Fóruns, feiras internacionais e congressos têm alavancado o processo da normalização e dão visibilidade para as ações de entidades empenhadas neste trabalho. Recentemente, em São Paulo, entidades e representantes do setor se reuniram durante o Fórum Interamericano de Turismo Sustentável, realizado paralelamente à Adventure Fair, para debater com seriedade e ética os benefícios da certificação e os princípios da sustentabilidade. Uma das boas notícias na ocasião foi a atuação das ONGs, órgãos do governo, empresas e sociedade civil nas iniciativas interamericanas de turismo.

Eventos como este apresentam fatos elucidativos sobre o turismo sustentável. Novas iniciativas, parcerias entre associações, criação de conselhos e entidades vêm ocorrendo a cada ano, dando fôlego maior à questão e envolvendo cada vez mais profissionais. Todos vêm trabalhando com os princípios de que os empreendimentos de turismo têm de oferecer melhoria de renda, cultura, educação e qualidade de vida para as comunidades em que se encontram. Em termos de benefícios, a certificação confere credibilidade para esta indústria. Os clientes têm uma garantia padronizada e os operadores de turismo aderem a certo nível de gerenciamento sustentável.

No foco das comunidades locais e do contexto ambiental, os problemas mais recorrentes quando o turismo não é sustentável - no caso de um pólo turístico novo ou de uma temporada mal sustentada - são a exploração sexual, a degradação ambiental decorrente do grande volume de lixo gerado, lançamento de esgotos nos rios e o fomento à corrupção e a práticas ilegais. É para evitar estes conflitos que o Programa de Certificação em Turismo Sustentável (PCTS) surge como uma iniciativa voluntária que conta com o envolvimento e o apoio de diversas entidades e organizações do setor, assim como de outros interessados, ambientalistas, representantes dos trabalhadores, das organizações sociais e do fomento e educação. Sua concepção contempla o desenvolvimento de um conjunto de normas voluntárias e o estabelecimento de um processo de certificação segundo essas normas.

O programa usa a normalização e certificação voluntárias como ferramentas para a adoção de boas práticas pelas empresas, distinguindo-as no mercado cada vez mais competitivo, aprimorando sua qualidade e competitividade, estimulando seu melhor desempenho nas áreas econômica, ambiental, cultural e social e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do País e a melhoria da imagem do destino Brasil no exterior.

A norma "Meios de Hospedagem - Requisitos para a Sustentabilidade" está concluída e foi encaminhada para o CB-54 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para ser implementada e se converter em Norma Brasileira (NBR) voluntária, assim como as NBR ISO 9001 e a NBR ISO 14001, duas das certificações que os meios de hospedagem vêm utilizando. Muitas situações de conflito no segmento turístico nacional, bem como a banalização no emprego do termo "ecoturismo", levaram a essas iniciativas. A criação do Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável (CBTS ) foi um passo na direção de se desenvolver essa cultura de certificação. A sustentabilidade ganha amplitude e, nesse momento de crescimento, nos interessa buscar ainda mais parceiros - desafio que envolve governo, empresários, estudantes, profissionais do turismo e ambientalistas, além de todos os outros setores desta indústria que reúne mais de 50 segmentos econômicos no País.

Diante dos desafios de certificar e aplicar os princípios da sustentabilidade no turismo, o País parece encontrar seu rumo nesta pauta. Em posição de vanguarda nas discussões do assunto na América Latina, o Brasil tornou-se o primeiro país no mundo a ter a iniciativa de submeter o processo da certificação voluntária a um programa nacional de metrologia, no caso, o INMETRO. Fica a esperança que a medida não perca o ritmo e se torne efetiva numa evolução rápida e crescente.
* Mario Mantovani é Diretor de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica
(Gazeta Mercantil, 21/09/2006)
http://www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param=6%2c0%2c1%2c214786%2cYTRE

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