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2006-09-21
As atividades de monitoramento em ciência e tecnologia vêm assumindo um papel cada vez mais estratégico para a gestão da inovação, inclusive para subsidiar políticas públicas. Esse é o desafio de um projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), da Unicamp, em parceria com a Elabora, empresa do núcleo Softex, atendendo solicitação da Coordenação Geral de Biotecnologia e Saúde, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Monitorar é acompanhar o desenvolvimento de uma tecnologia, de uma área de conhecimento ou do comportamento de uma organização, de forma contínua ao longo do tempo. No caso do projeto da Unicamp, biotecnologia foi a área escolhida para ser monitorada. O trabalho focalizou o desenvolvimento de uma metodologia para subsidiar a implementação de ações em biotecnologia por parte do MCT, a partir da obtenção e tratamento de informações em diferentes bases de dados.

Para isso, além de discussões de cunho conceitual e metodológico, foi desenvolvido um software para o acesso, obtenção e tratamento de informações. O trabalho de captura de dados permitiu a coleta de mais de 32 mil patentes e de quase nove mil artigos, entre 1973 e 2003. Foram também levantadas e trabalhadas informações sobre a competência em biotecnologia existentes no país.

A partir do levantamento realizado, o projeto trouxe um conjunto de indicadores de monitoramento e ferramentas computacionais de acesso para constituir uma base de dados e fornecer um quadro da infra-estrutura do campo da biotecnologia, abrangendo indicadores sobre quem, onde, quando e quanto se produz, o quê se produz.

Segundo Maria Beatriz Bonacelli, coordenadora do grupo de pesquisa (Geopi) que desenvolve este trabalho, trata-se de uma grande planilha com vários tipos de busca. Ela explica que algumas análises de dados coletados revelaram, por exemplo, o destaque da Austrália em patentes na área, entre os anos 70 e 80, e o gasto bem maior com pesquisa e desenvolvimento desse país, quando comparado ao Brasil.

O monitoramento foi estimulado, na opinião de Bonacelli, pelo aumento da capacidade de processamento dos computadores, maior base de dados, expansão da internet e dos sites de busca. A coordenadora ainda argumenta que para trabalhos deste tipo, não basta uma varredura de dados, sem uma forma sistematizada e interpretativa de organizá-los.

A segunda fase do projeto, ainda em andamento, consiste no refinamento dos instrumentos de monitoramento, incluindo atualizações e expansões das redes de dados para atender às demandas dos atores do sistema de inovação. Isso envolve a capacitação de profissionais, ampliação da rede de busca, aperfeiçoamento dos procedimentos computacionais e aplicação da metodologia no campo da genômica.

Estratégia Nacional em Biotecnologia
Projetos de monitoramento vem ganhando importância nos últimos anos. Em 2005, por exemplo, foi realizado o estudo "Monitoramento em Biotecnologia" encomendado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa trabalhou a dinâmica de pesquisa, desenvolvimento e inovação desta área, a diversidade de atores envolvidos e a atuação em setores como Saúde e Qualidade de vida, Agricultura e Meio ambiente, por meio de desenvolvimento acelerado de publicações científicas e de patentes.

Em julho de 2006 foi apresentada pelo governo brasileiro A Estratégia Nacional de Biotecnologia. Embora o projeto da Unicamp tenha sido elaborado anteriormente e nada tenha a ver oficialmente com esse programa, ele já demonstrou uma preocupação por parte do MCT em levantar dados importantes para implantação de políticas públicas e estratégias de inovação.

A Estratégia Nacional de Biotecnologia foi elaborada com a participação de quatro ministérios, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Saúde (MS), da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Representantes do setor empresarial, da academia e da sociedade civil também estão envolvidos.

O intuito da estratégia é verificar as prioridades e ações do governo no segmento da biotecnologia, a fim de incentivar a competitividade brasileira, aumentar a participação do país no comércio internacional, acelerar o crescimento econômico e criar novos postos de trabalho. Fernando Mathias e Henry Novion, do Instituto Sócio Ambiental (ISA), no entanto, argumentam em recente artigo que a proposta ignora prioridades de interesse público e, portanto, não representa uma estratégia nacional.
(Por Luiza Bragion, ComCiência, 20/09/2006)
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=3¬icia=208

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