A energia eólica pode responder por quase 30 por cento da eletricidade mundial em 2030 e está crescendo mais rápido do que qualquer outra fonte de energia limpa, de acordo com o grupo ambiental Greenpeace e uma associação setorial de energia eólica. "Em boas localizações, o vento pode competir com o custo tanto do carvão quanto do gás natural, como fonte de energia", informaram o Global Wind Energy Council (GWEC) e o Greenpeace em relatório divulgado na quarta-feira.
As duas organizações alegam que a energia eólica, hoje responsável por 0,8 por cento da eletricidade mundial, estava se expandindo mais rápido do que outras fontes renováveis tais como a energia solar, a geotérmica ou a das marés, em um período de abandono dos combustíveis fósseis. "A energia eólica pode atender a até 29 por cento das necessidades mundiais de energia em 2030, se houver vontade política para promover seu desenvolvimento em larga escala, acoplado a medidas abrangentes de promoção da eficiência energética", afirma o relatório.
O GWEC alega representar mais de 1,5 mil empresas e outros grupos, em mais de 50 países. Entre as grandes companhias que o integram estão a General Electric, Shell, Vestas e Siemens. Muitos países estão à procura de fontes de energia não poluentes, devido aos preços elevados do petróleo e às preocupações sobre o aquecimento global, fenômeno atribuído em larga medida à queima de combustíveis fósseis em usinas de energia, fábricas e veículos.
O relatório, que será lançado em uma conferência em Adelaide, Austrália, afirma que o vento é a mais atraente das fontes alternativas de energia, já que é gratuito e está disponível em todos os países. A energia solar não está disponível em algumas regiões, por exemplo no Ártico durante o inverno.
Os países que geram mais energia eólica hoje são Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Índia e Dinamarca, segundo o estudo. O relatório "Global Wind Energy Outlook 2006", afirma que os problemas causados por eventual ausência de vento podem ser superados por meio da escolha de bons locais e do uso de fontes secundárias de energia.
As nações que geram mais energia a partir de fontes eólicas são Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Índia e Dinamarca. O documento afirma que as modernas turbinas eólicas, cujos rotores podem ter 100 metros de diâmetro, geram 180 vezes mais eletricidade pela metade do custo de turbinas construídas há 20 anos.
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Reuters, 20/09/2006)