Nos oito primeiros meses deste ano, a Secretaria de Meio Ambiente registrou
um aumento de
50% no número de
emissões de licenças ambientais em relação a todo o ano passado. Conforme
dados da
secretária Simone
Schneider, de janeiro a agosto foram emitidas 332 licenças, enquanto no
mesmo período, em
2005, foram 220.
Segundo ela, o número de vistorias também cresceu muito. "Até agora já
realizamos 2.550
vistorias em oficinas
mecânicas, padarias, supermercados, borracharias, loteadoras, farmácias de
manipulação,
indústrias, fábricas de
móveis, consultórios médicos, laboratórios, entre outros estabelecimentos",
revela a
titular da Sema. Comparando,
ela afirma que em todo 2005 foram duas mil e destacou que este número é 3,5
vezes maior
em relação a 2004,
quando foram feitas 697 vistorias. "Queremos conscientizar os empreendedores
e gerar uma
melhor qualidade de
vida e eles estão cada vez mais se adequando e atendendo as exigências",
frisa. Prova
disso é que apenas 20
autos de infração foram emitidos em 2006.
A titular da Sema ressalta que o aumento no número de emissões está ligado
ao fato de o
município ter passado a
emitir, desde maio do último ano, as licenças para empresas com área
superior a 250
metros quadrados e que
realizam pintura - que até então somente eram fornecidas pela Fundação
Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam).
"Também estamos realizando uma fiscalização mais efetiva, duas vezes por
semana, buscando
irregularidades
ambientais", revela Simone, ao destacar que a equipe de fiscalização
ambiental é formada
por duas biólogas, uma
geóloga, um engenheiro químico, uma advogada, um engenheiro agrônomo, um
engenheiro
civil, uma estagiária e
dois fiscais.
O trabalho
Quando empreendimentos não estão de acordo com as exigências da legislação
ambiental, os
fiscais primeiro
emitem uma notificação dando um prazo de 20 dias para o encaminhamento do
licenciamento
ambiental. Se a
situação for regularizada, o estabelecimento recebe a licença de operação.
Em caso
contrário, o empreendedor
recebe um novo prazo para cumprir as exigências, que se não acatado,
resultará numa
autuação que, segundo
Simone, normalmente varia de R$ 500 a R$ 2 mil. "Esse dinheiro é revertido
para o Fundo
Municipal do Meio
Ambiente, que utiliza a verba para auxílio em projetos de preservação
ambiental", explica
a secretária. "Com a
conscientização desses empreendedores, o meio ambiente fica cada vez mais
preservado e
sem a colaboração
deles de nada adianta nossa fiscalização", diz, observando como positivo o
aumento da
conscientização dos
proprietários de empresas, que em alguns casos estão começando a também ser
fiscais e a
denunciar a
ocorrência de irregularidades, o que pode ser feito pelos contribuintes
através do
telefona da Sema: 3982-1100.
O engenheiro químico da prefeitura, José Ornélio de Sá Neto, observa que na
grande
maioria dos casos existe uma
boa cooperação nas fiscalizações que realiza. "A Sema não visa só fiscalizar
e cobrar do
empreendedor. Nós
procuramos orientar para que eles cuidem do meio ambiente, a fim de que este
seja
auto-suficiente para gerações
futuras, assim como nós o usufruímos hoje", declara. O proprietário de
oficina mecânica e
loja de máquinas
agrícolas Luis Antônio Henz colabora e aprova a fiscalização. "É
superimportante esse
acompanhamento, que nos
ajuda a solucionar os problemas que uma oficina gera. Este trabalho é para o
nosso
próprio bem", comentou,
durante fiscalização ocorrida nesta quarta-feira (13/09). "Se esse serviço não fosse
realizado, a
sujeira gerada pela oficina
seria absorvida por todos através da água dos rios", declarou.
(
Informativo do Vale, 15/09/2006)