Segundo estudo, solução energética para a Europa passa pela combinação de fontes
2006-09-19
A diversificação e combinação de fontes de energia é a melhor estratégia para resolver os desafios económicos e as metas climáticas que a Europa enfrenta, declarou um estudo do Comité Económico e Social Europeu (EESC, sigla em inglês). “Todas as potenciais fontes, utilizações e tecnologias devem assumir o seu papel na resposta aos desafios energéticos do futuro. Por outras palavras, todas as opções devem ficar em aberto”, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Esta declaração da EESC foi pedida pelo comissário europeu da Energia, Andris Piebalgs. A Comissão está preocupada com a dependência da União Europeia (UE) em relação ao abastecimento de energia do estrangeiro. Este problema – politico, económico e técnico - deverá agravar-se num futuro próximo, especialmente quando as fontes tradicionais de energia (petróleo e gás natural) se encontram em regiões politicamente instáveis.
A EESC salienta também a importância da eficiência energética e os seus benefícios para a competitividade, segurança no abastecimento e alterações climáticas. As fontes renováveis “têm muito potencial na UE e precisam de apoio específico”, avança a Comissão.
Mas mesmo que seja atingida a meta de 20 por cento de renováveis em 2020, proposta pelo Parlamento Europeu, “é pouco provável que as renováveis consigam substituir completamente os combustíveis fósseis e o nuclear num futuro próximo”. “Por isso, mesmo com a poupança energética e o uso de fontes renováveis, todas as opções devem ser mantidas em aberto”. No sector dos transportes, a EESC aconselha um pacote de medidas, como biocombustíveis, gestão de tráfego, veículos híbridos e meios de transporte alternativos.
Hoje, o Governo britânico foi acusado de ser pouco ambicioso relativamente aos biocombustíveis, noticiou a BBC online. Segundo o Efracom (Commons Environment, Food and Rural Affairs Committee), Downing Street deve promover a bioenergia para o aquecimento das casas e aviação e aumentar a meta actual de cinco por cento para os biocombustíveis (bioetanol e biodiesel) no transporte rodoviário.
(PUBLICO.PT, 18/09/2006)
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1270608&idCanal=57