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2006-09-18
Aproveitando o fim de semana ensolarado, cerca de 12 mil pessoas visitaram a exposição “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida”, promovida pelo Greenpeace no Parque da Redenção, em Porto Alegre. De sexta-feira (15/09) a domingo (17/09), o público pôde perceber os impactos do aquecimento global, com uma abordagem que tentou aproximar os fenômenos com a realidade dos brasileiros.

Só no sábado (16/09), 4,2 mil pessoas visitaram a exposição. Em Brasília, São Paulo e Florianópolis, cidades onde já esteve, a exposição recebeu um total de 2,4 mil pessoas.

A ONG trouxe à capital gaúcha uma instalação sensorial, um túnel gigante onde as pessoas foram convidadas a entrar e sentir as conseqüências de desastres naturais como secas, enchentes e tornados graças ao auxílio de efeitos especiais. Vinte e oito painéis com fotografias recepcionavam o público que aguardava para entrar no túnel, mostrando animais mortos e solos com rachaduras devido a estiagens fortes e cidades inundadas, entre outras paisagens. Junto, houve o lançamento de um documentário de 51 minutos e um relatório sobre mudanças climáticas e seus resultados no Brasil. No documento, há entrevistas com autoridades científicas, a maior parte concedida ao jornalista Roberto Villar Belmonte.

O diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado, acredita que as mudanças climáticas são o maior desafio para o planeta hoje. O ambientalista, que atua há 16 anos na entidade, entende que a importância do trabalho está na aproximação com o cotidiano e com fatos do próprio Brasil. Como exemplos, cita a diminuição do volume de água nas cataratas de Foz do Iguaçu, a estiagem prolongada no Rio Grande do Sul e o tornado Catarina, que causou destruição e ventos de até 150 quilômetros por hora no sul do país em 2004. “O brasileiro tem direito à informação. Queremos trazer os problemas mais para perto dele”, defende.

Furtado espera que surjam políticas públicas de mudanças climáticas, como incentivo para fontes renováveis de energia e combate ao desmatamento na Amazônia. De acordo com ele, 75% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil decorrem do desmatamento da Amazônia, onde se verifica uma “falta de governança” e “ausência do Estado”. “A lição de casa do governo é fazer um relatório bem melhor e mais completo”, desafia o ativista.

Público aprova

O público saiu surpreso da instalação e, ao mesmo tempo, preocupado. Segundo voluntários da ONG, algumas pessoas choraram no final. A professora Fátima Ritter, 48 anos, considerou a exposição bastante realista. “Achei realista, mostra bem o que está acontecendo. Uma hora está calor, a outra está frio.” Fátima estava acompanhada da filha, Débora Ritter, 24, auxiliar administrativa, que também aprovou o trabalho do Greenpeace. “O túnel mostra bem os impactos, só olhar para fotos não adianta”, entende Débora.

A exposição também foi elogiada pela comerciante Denise Rodrigues, que levou a filha Juliane, 8, para passar pela instalação. “Achei muito legal, dá pra ver como são as coisas. E pra minha filha é importante, porque ela está estudando e precisa saber disso.” Já o comerciante Antônio Nascimento, 37, conta que a instalação fez sucesso entre suas filhas “Elas passaram pelo túnel no sábado e quiseram voltar no domingo. Eu também achei interessante. Não tinha muita idéia do que os impactos causam”, relata.

No dia 22 de setembro, “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida” chega ao Rio de Janeiro, onde também ficará também por três dias. Depois dos cariocas, o Greenpeace leva seu trabalho para Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém e Manaus. Mais informações sobre as datas podem ser conferidas no site do Greenpeace.
(Por Patrícia Benvenuti, 18/09/2006)

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