A energia eólica, limpa e renovável, ainda tem custo de produção mais caro que o gás ou a eletricidade e é pouco difundida. No entanto, a sustentabilidade da alternativa atraiu a atenção da Tecnogás, empresa especializada em sistemas de distribuição de gás de Sergipe. “É um mercado ainda incipiente, uma aposta no futuro”, define Joaquim da Silva Ferreira, um dos sócios da empresa.

O horizonte do petróleo com a diminuição das reservas não-renováveis e o aquecimento global fez com que a empresa investisse na criação de uma planta de geração da energia produzida pelo vento. Para isso é necessária uma boa dose de ousadia. “É um campo dominado por grandes empresas”, explica Ferreira.

A empresa conta com a parceria de um grupo italiano na jornada e buscou, durante a feira Rio Oil & Gás, encerrada nesta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro, conquistar novos investidores. “O retorno vem em médio prazo. Esperamos que em cerca de doze anos”, explica o empresário.

“O gás é o menos poluente dos combustíveis fósseis. Essa característica nos chamou a atenção e decidimos investir na produção de energia limpa”, conta a diretora executiva da empresa, Ana Maria Mendonça. Incentivos para a produção de energia limpa ajudam a tornar o mercado mais atrativo. “Uma parte da conta de luz paga pelo consumidor tem de ser revertida para investimento em fontes renováveis”, conta Joaquim da Silva Ferreira.

A Tecnogás participou do evento no estande do Sebrae em Sergipe e integra o grupo de empresas apoiadas pelo Projeto Cadeia de Petróleo e Gás, iniciativa realizada pelo Sebrae e Petrobras para capacitar fornecedores da cadeia e, dessa forma, contribuir para que as micro e pequenas empresas aproveitem as oportunidades criadas pelo setor.
(Por Eliza Caetano, Envolverde/Agência Sebrae, 15/09/2006)
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