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2006-09-18
A chegada da gripe aviária à América Latina é apenas uma questão de tempo, advertiu neste domingo a ONU, alertando que o impacto econômico nos grandes produtores avícolas seria "muito grande", especialmente no Brasil e na Argentina.

"Persiste a visão de que os países latino-americanos serão contaminados com o vírus H5N1 da gripe aviária em algum momento", provavelmente por um animal infectado procedente de outra região do mundo, disse hoje David Nabarro, coordenador do programa das Nações Unidas contra a doença.

Em declarações à imprensa na Assembléia Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) em Cingapura, Nabarro apontou que as conseqüências econômicas para os grandes produtores e exportadores avícolas latino-americanos seriam muito grandes e insistiu na "importância" da adoção de medidas.

O BM calcula que uma pandemia "grave" poderia comprometer 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, devido ao impacto sobre o comércio e a atividade econômica. Nabarro disse estar "muito impressionado" com os esforços da América Latina para preparar para um possível surto, opinião respaldada por Jim Adams, responsável pelo grupo de trabalho contra a gripe aviária do BM.

O funcionário da ONU viaja hoje ao México para participar de um encontro com a iniciativa privada e líderes políticos latino-americanos no qual serão discutidos os desafios perante um eventual surto da doença na região. O representante das Nações Unidas afirmou que uma pandemia da gripe é inevitável e poderia começar a "qualquer momento".

Nabarro mostrou-se "preocupado" frente à possibilidade de uma mutação genética do vírus H5N1 que permita a transmissão da doença entre humanos. Atualmente a gripe aviária é transmitida apenas entre animais. Mesmo com o desenvolvimento de vacinas para imunizar as atuais variantes da gripe aviária, as autoridades levariam cerca de seis meses para desenvolver uma vacina caso haja uma pandemia, uma vez que os vírus sofrem constantes mutações.

O Banco Mundial e a ONU concordaram em que a África e o leste asiático, sobretudo a Indonésia e a China, são as regiões onde existem os maiores riscos de um novo surto de gripe aviária. Nabarro afirmou que a China é um dos países mais preocupantes, com 60% das aves granjeiras do mundo. Apesar de terem sido registrados poucos casos da doença nos últimos meses, o representante da ONU insistiu em que os preparativos para uma eventual pandemia devem continuar.

"Para que tenhamos êxito deve existir um compromisso político contínuo desde os mais altos organismos", afirmou Nabarro, acrescentando que "a segurança da raça humana" depende desses esforços. "Devemos nos assegurar de que tomamos as proteções necessárias", disse. O alto funcionário da ONU ressaltou que a campanha não só ajuda o mundo a se preparar contra a gripe aviária, mas também permite reforçar as defesas humanas contra as novas patologias, uma vez que previsões apontam que 75% delas deverão proceder do reino animal.

"A princípio, achávamos que seria muito fácil de erradicar, mas estávamos equivocados", disse hoje Kumnuan Ungchusak, diretor de epidemiologia do departamento de controle de doenças da Tailândia, em referência à gripe aviária. Ao menos 144 pessoas já morreram em decorrência da cepa H5N1 em dez países. O vírus também causou a morte ou obrigou o sacrifício de cerca de 220 milhões de aves e gerou prejuízos econômicos consideráveis em comunidades rurais, segundo o BM.

No total, mais de 55 países registraram focos da gripe aviária em frangos e outras aves. Adams, do Banco Mundial, apontou em entrevista coletiva que a comunidade internacional se comprometeu a disponibilizar cerca de US$ 2 bilhões para ajudar os países em desenvolvimento a implementar programas para combater a gripe aviária.
(EFE, 17/09/2006)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u100154.shtml

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