Buracos na camada de ozônio ficarão mais imprevisíveis, segundo Organização Mundial da Meteorologia
2006-09-18
A destruição da camada de ozônio que acontece sobre o Ártico depende muito das condições do clima, o que fez com que a Organização Mundial da Meteorologia (OMM) afirmasse, na sexta-feira (15/09), que o tamanho do buraco que existe sobre o hemisfério norte variará cada vez mais.
"Considerando que os invernos temperados serão cada vez mais temperados e os frios mais frios, é previsível que o tamanho do buraco vá surgir no Ártico seja cada vez mais variável", disse em entrevista coletiva, realizada em Genebra, Geir Braathen, do Departamento de Investigação Atmosférica e Meio Ambiente da OMM.
Por ocasião da celebração do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, a OMM publicou seu primeiro boletim sobre a redução da camada sobre o Ártico.
"Durante as duas últimas décadas observamos uma crescente tendência do aumento da variabilidade das condições meteorológicas na estratosfera", afirmou Braathen. "Embora a estratosfera do Ártico continue sendo vulnerável à destruição do ozônio, causada pela emissão de substâncias nocivas criadas e emitidas pelo homem, agora também sabemos que depende muito da meteorologia", disse o cientista.
Ao contrário da Antártida, no Ártico há um número significativo de pessoas e existe a circunstância de os buracos na camada de ozônio serem muito móveis, de forma que se deslocam até o Alasca, Canadá, Groenlândia, Norte da Europa e Sibéria. A camada de ozônio é uma parte da atmosfera, que fica entre 15 e 35 quilômetros acima do solo, onde concentra-se 90% da substância, que é constantemente formada e destruída.
(EFE, 17/09/2006)
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