Várias pessoas procuraram o Jornal Panorama nos últimos dias, manifestando preocupação com o corte de vegetação nas encostas do Morro da Cruz, em Taquara. A reportagem esteve no local na quarta-feira 13 e conversou com o proprietário da área, que exibiu alvará de licenciamento do Departamento de Recursos Naturais Renováveis, órgão florestal estadual, autorizando o descapoeiramento da área.

Segundo Celso Salvador Fagundes da Silva, o serviço de limpeza do terreno de 3 hectares vem sendo realizado há várias semanas e está rigorosamente dentro do permitido. Foi preservada no local uma reserva de mata nativa de 6 mil metros quadrados, além de espécimes isolados de araucária e outras árvores de maior porte (foto).

Celso Fagundes disse que um dos motivos para a retirada da capoeira foram as constantes invasões que vinham acontecendo no local, cuja vegetação servia de esconderijo a objetos furtados, bem como para outras atividades ilícitas, como consumo e tráfico de drogas.

Além do descapoeiramento, o proprietário providenciou o cercamento da área, em cujos limites se situa o cruzeiro que dá o nome ao Morro da Cruz. Quanto aos projetos de aproveitamento da área, Celso Fagundes disse que está indefinido entre a instalação de um cemitério-parque, construção de um condomínio fechado ou ainda criação de caprinos.
(Jornal Panorama, 15/09/2006)
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