Para intensificar a fiscalização contra madeireiras, o Ibama montou uma base de operações em Uruará, que conta com apoio de outros órgãos federais, inclusive do Exército. As equipes de fiscalização já estão no município há mais de um mês e lá deverão permanecer até o dia 28 próximo, “tempo suficiente para diversas empresas fecharem as portas”, reclamou o secretário de Meio Ambiente de Uruará, José Batista Lima, o Dedé Marizeira, acrescentando que a ação repressora do Ibama acabou inviabilizando o setor madeireiro no município. Segundo ele, o Ibama reprime mas não libera projetos de manejo. “Sequer as licenças para desmatamento em lotes de assentados o órgão tem liberado, uma vez que não tem estrutura técnica para isso”, disse, ressaltando que só o licenciamento do corte em áreas autorizadas já resolveria o problema.

Dedé Marizeira destacou que a Prefeitura de Uruará tem dado apoio logístico para o Ibama, mas reconhece que o órgão vem se preocupando apenas em reprimir os madeireiros ilegais, mas não dá apoio aos empresários que querem trabalhar na legalidade. A própria Secretaria de Meio Ambiente tem indicado áreas para a liberação de projetos de manejo florestal, mas, segundo ele, até agora o Ibama tem liberado muito pouco.
(Por José Ibanês com Agência Podium, Diário do Pará, 14/09/2006)
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